quinta-feira, 5 de julho de 2012

Kristen Stewart faz sexo a três e fuma maconha em ‘Na Estrada’

O brasileiro Walter Salles, diretor de Na Estrada, fala sobre seu filme, sobre Kristen e da experiência de filmar a obra.



Rio - Quando escalou Kristen Stewart para filmar ‘Na Estrada’, em 2006, Walter Salles sequer podia imaginar que a atriz, nos anos seguintes, viraria uma popstar graças à saga ‘Crepúsculo’. “Foi por acaso. Gustavo Santaolalla, que fez a trilha do filme, tinha sido convidado para assistir a um corte de ‘Na Natureza Selvagem’, do Sean Penn, e me disse: ‘Essa menina tem algo excepcional”, lembra o cineasta.

Agora, seis anos depois, são os fãs de Bella que vão se surpreender. Bem diferente da personagem que encarnou ao lado de Robert Pattinson em quatro filmes da série — há um quinto previsto para o fim do ano, em que ela finalmente se torna vampira —, a estrela surge provocante na pele de Marylou no longa inspirado no romance de Jack Kerouac, lançado em 1957, que estreia dia 13 nos cinemas brasileiros.

“O filme fala sobre essa ideia de o sexo e as drogas funcionarem como uma ampliação do pensamento. É um mundo à flor da pele. Não sei como isso vai ser percebido hoje. São tempos de ‘Big Brother Brasil’, em que as pessoas vivem a vida alheia em vez de viverem suas experiências na pele”, critica Walter Salles, satisfeito com o resultado que extraiu de seus atores no set.

Principalmente a performance libidinosa de Kristen. “Lembro que quando conversamos pela primeira vez, ela me disse que o romance de Kerouac era seu livro de cabeceira. Foi interessante. Ela tinha 16 anos e entendia os tabus que tinham ali”, conta Walter.

Em muitas das sequências, a personagem da atriz aparece fumando maconha e chega a fazer sexo a três com o namorado Dean (Garrett Hedlunde) e o melhor amigo dele, Sal (Sam Riley), escritor que conduz o filme, em plenos anos 40. Algo impensável na época. “Levamos para a tela o culto do espontâneo. Fizemos muitas improvisações. Os atores estavam muito conscientes do que os personagens pediam. Foram generosos e inspiradores. Eu trabalharia de novo com eles”, diz.

Mas Walter Salles tem um jeito todo especial de tratar sua equipe, especialmente os atores . “Gosto de falar no ouvido. Eu não dirijo em voz alta para expô-los. É mais eficiente falar pessoalmente do que berrando”, ensina.

A atriz Alice Braga, que faz uma participação especial no longa como uma das mulheres com quem Sal tem um affair, concorda. “Fiquei emocionada com o convite. É um sonho trabalhar com ele”, derrete-se.

Embora tenha recebido críticas mornas no último Festival de Cannes, Walter imagina que o público de Kristen vai bombar os cinemas. “É possível que aconteça isso. Nunca se sabe a repercussão. Mas número de espectadores não é forma de avaliar um filme. Tomara que as fãs de ‘Crepúsculo’ descubram a obra do Kerouac”, torce ele.

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