Você vem interpretando Edward por 4 anos, você pode nos falar sobre a jornada que ele fez durante a série e também como foi pra você pessoalmente?
RP: Eu acho que no geral sobre a jornada de Edward, desde o início eu deletei, eu simplesmente ignorei o fato de que ele era um vampiro e basicamente ignorei o fato de que ele tinha 108 anos de idade – a não ser para usar em termos metafóricos. Então você meio que fica com um adolescente perturbado. É simplesmente uma história dele passando a se aceitar. Ele fica feliz ao encontrar uma mulher e tendo uma criança, o que é o que eu acho que muitos caras perturbados acabam se acertando. Pelo menos essa é a esperança que eu tenho. [risos]
Esse papel apresentou uma enorme variedade de obstáculos em termos de tentar crescer e descobrir quem você quer ser. É como ter que passar por um labirinto bem complicado, e ao mesmo tempo você está sendo arrastando para todos os lados em um avião, tendo que passar por esse labirinto ao mesmo tempo. [risos] Eu ainda meio que sinto que ainda não diminuiu o ritmo, e eu ainda estou tentando descobrir em que lugar eu me encontro. Mas tem sido divertido, é totalmente bizarro pra mim. Eu disse isso por anos, eu não sabia se eu ia continuar atuando antes disso acontecer, e agora eu tenho um desejo e paixão muito mais fortes por isso do que eu tinha antes.
Bill Condon mencionou a sua interpretação de autodepreciação, que você disse que Edward era autodepreciativo e que isso nunca havia sido apresentado como um elemento nos três filmes.
RP: Sim, eu sempre achei que essa era a chave ingrediente da personagem de Edward. Quer dizer, ele é um cara de 108 anos de idade que nunca conseguiu atingir nada que ele quis na vida, ele ficou preso na adolescência. Quando você é adolescente, nada é entregue a você. Você acha que tudo é injusto, e ele tem vivido assim pelos últimos 100 anos. [risos] Você eventualmente chega ao ponto do desespero. Eu acho muito difícil transcrever isso e uma história de amor ao mesmo tempo, a não ser que você queira fazer um filme muito diferente. Eu tentei progredir nesse caminho ao mesmo tempo. É engraçado que Bill foi a primeira pessoa a dizer, “Eu quero colocar isso como foco,” porque Amanhecer é o mais feliz que Edward já foi durante a série inteira. [risos] Então talvez tenha sido o momento errado para usar isso, mas nós fizemos algumas cenas de flashback que meio que refletiram a raiva dele, eu acho, quando ele se tornou vampiro.
Como foi filmar a cena do parto?
RP: Com a cena do parto, eu li o roteiro antes de ler o livro. Foi a primeira vez que eu havia lido uma cena que me deixara perplexo. [risos] Eu sabia que a história era louca, mas eu não achei que ela fosse de fato descrita dessa forma e que nós iríamos fazê-la. Foi assustador tentar fazer. Acabou se tornando esse tipo de... Foi uma das cenas mais incríveis de se fazer nesse filme. Definitivamente há uma versão proibida para menores de idade desse filme. Foi incrível filmar, por causa de toda a violência, te deu muita liberdade na cena. Ter todas as personagens tão desesperadas, do nada se tornou algo muito diferente. Especialmente para Edward, que é tão contido, que é um pacifista, e muito objetivo e lógico sobre tudo, fazer essa coisa em que do nada você tem que interpretar um Edward preso entre as pernas de um manequim, mastigando uma placenta, com cream cheese e morangos por todo o seu rosto, e depois puxar pra fora um bebê de três semanas de idade, usando uma peruca. É algo digno de um filme de Bunuel. [risos]
Como foi seu último momento interpretando Edward?
RP: O último momento foi em St. Thomas, no Caribe, na praia. Foi meio incrível, foi a única vez que eu vivi algo assim na Saga Crepúsculo. A última cena com todo o elenco foi meio que horrorosa, porque estava congelando, depois de duas semanas de filmagens noturnas. Eu acho que todos simplesmente foram embora depois daquela cena. “Sim, esse foi o fim de Crepúsculo,” eram cinco da manhã, congelando e chovendo muito. Pelo menos acho que foi meio simbólico de como todos os filmes da série foram, congelante e chovendo o tempo todo. [risos] Ainda não parece como o fim, e também porque as turnês de divulgação se tornaram tão grandes e você é perguntado sobre isso o tempo todo. Para mim isso me parece ser parte do processo de fazer filmes. Até que o último seja lançado, eu não acho que eu finalizei nada ainda.
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