sexta-feira, 8 de março de 2013

Capitulo 6 - (Fan Fic) Quebrando Barreiras!Construindo Laços!

CAPÍTULO 6 - Tão longe, tão perto.


Pov Bella


_ Espero que goste Rosalie, volto a afirmar esta é a primeira vez que trabalho com algo desta grandeza, por favor, sinta-se a vontade para reclamar ou me dizer o que melhorar_ falei insegura, entregando-lhe o álbum.

A vida é engraçada, quando nós, “meus filhos, minha irmã Nessie e eu” retornamos da França aqui para a cidade de Nova York, eu temia muito ser sozinha, mesmo encontrando o apoio de Jacob e Tânia. Desconsiderava a possibilidade de fazer novos amigos, fazia alguns anos que estive ausente desta linda cidade.

Mas aqui estou, através da recomendação da Carmem, uma funcionaria do estúdio, conheci a senhora Esme Cullen e suas filhas Rosalie e Kate, donas de uma sofisticada e alinhada Agência de decoração, responsáveis pela organização e toda estrutura da minha futura residência.

_Oh Meus Deus!_ Rosalie levou a mão na boca ao folhear o grande book, logo me assustei por sua reação, certamente não estava do seu gosto.

_ Isabella Swan não tenho palavras pra definir, mamãe olhe esta foto. Nem se parece comigo, estou tarada comigo mesma, fascinante, modéstia à parte fiquei gostosa demais._ suspirei aliviada, enquanto Rosalie folheava, Esme e Kate ficavam absortas nas imagens um tanto constrangedoras.

Tudo começou através das nossas pequenas reuniões pra discutir o que acrescentar e retirar, uma reforma aqui outra ali, relativamente o assunto em questão era a reforma na casa que comprei.

Mas conforme fomos conhecendo umas as outras, posso dizer satisfeita que fiz três grandes amizades. Rosalie revelou que mesmo antes de me conhecer pessoalmente ela já acompanhava meu trabalho, leu alguns artigos ao meu respeito e sobre as novas técnicas que eu trouxe dos meus últimos seis meses de aprendizado na capital francesa. Imagine minha surpresa quando Rosalie me convidou, ou melhor, me convocou para tirar algumas fotos sensuais dela? Este seria seu presente para Emmett, seu marido.

Fiquei lisonjeada com a proposta, mas não me sentia apropriada pra esta função, indiquei Tânia, esta sim é desinibida e com cabeça cheia de loucuras aproveitáveis para uma sessão de fotos sensuais. Rosalie foi irredutível, disse que confiava somente a mim esta missão. Depois de muito insistir, não tive como recusar e sinceramente, eu mesma me surpreendi com minha criatividade e capacidade para este nível de trabalho.

_Eu não sei nem por onde começar Bella ficou perfeito, aposto que quando minhas amigas virem este material, você não vai conseguir horário para tantas sessões fotográficas_ na verdade a beleza de Rosalie foi um fator agravante, muito exuberante e chamativa, cabelo loiro e longo, o corpo muito bem esculpido e bem cuidado, nem foi preciso apelar para recursos tecnológicos como foto-shop ou reparação visual. Os incríveis olhos azuis parecem duas bolas de gude tão luminosas quanto o céu, a boca é o tipo que deixa muitos homens na imaginação.

Esme parecia enfrentar as fotos a sua frente, eu não consegui reprimir uma risada. Sua feição assustada e acanhada era cômica.

_O que foi mamãe? Parece até que nunca me viu em poucos trajes ou sem roupa_ Rosalie debochou.

Kate ao contrario da mãe, parecia muito interessada, seus olhos estavam cravados no material.

_Não é isso Rosie, é apenas diferente, veja esta foto _ela apontou uma foto onde Rose estava com os olhos fechados realçando a maquiagem esfumaçada e os traços bem delineados contornando sua pálpebra, o cabelo com um efeito bagunçado pós-sexo, e a luminosidade na pele dava a entender o suor. Habilmente Rosalie segurava uma banana nas duas mãos, deixando a fruta ocupar todo o espaço em sua boca, uma imagem no mínimo sugestiva.

_Qual é mamãe? Como se a senhora não fizesse isso com o papai_ Esme corou, mas sorriu timidamente _ Eu achei as fotos de muito bom gosto e, por favor, Bellinha, eu quero três horários consecutivos na sua agenda, eu necessito de um álbum também._ pronunciou Kate.

Fiquei absorta analisando, como pode uma genética tão forte, Rosalie parece à versão da Barbie girl, Kate tem muito dos traços de Rosalie, o sorriso torto e cativante com aquele efeito contagiante é marca registrada das duas irmãs, sorriso este que me fez lembrar o sorriso torto de Enzo. Kate tem a estatura de Esme e o corpo mais delicado, mas em momento algum menos bonito que o corpo de Rose. Os fios loiros e com as pontas onduladas caem como ondas, e os olhos tão extraordinariamente azuis quanto os da irmã. Esme não perde pra beleza das filhas, traços marcantes e o rosto em formato de coração, mas ao contrario das meninas os olhos são uma mistura de um verde meio azulado, parecendo à pedra Jade, dando um efeito emoldurado com seus cabelos cor de mel.

_Eu te compreendo Esme, não sei se teria coragem de tirar fotos assim neste ângulo e alguém me fotografando ,parece muito desconfortável_ ponderei, recebendo a confirmação de uma Esme mais e mais acanhada conforme as filhas folheavam o livro.

Trinta minutos depois todo o alvoroço das fotos tinha se passado, e começamos a discutir os detalhes finais da reforma. Esme me garantiu que em uma semana me entregaria à casa pronta para ser habitada.

_As crianças estão mais ansiosas que eu para ver a casa pronta, na verdade eu tenho pressa de me mudar, já estou em Nova York há três meses, mesmo Tânia sendo muito hospitaleira, eu temo estar incomodando. Pense no alvoroço, uma casa com duas crianças, dois jovens de dezoito ,eu e Tânia_ expliquei, ouvindo Rose suspirar enquanto eu falava.

Tânia não permitiu que eu e minha grande tropa ficássemos num hotel, disse que fazia bem conviver com tantos jovens, toda a energia revigorante e aquela coisa. Sem falar que ela me acusava de não querer deixar ela perto de Louise e Enzo, e de fato ela mima de mais meus filhotes, como se eles já não fossem mimados o suficiente.

_Bella quando vai nos apresentar os seus pequenos? Eu adoro crianças e fico só babando quando ouço você contar sobre seus filhos_ Kate perguntou.

Com certeza ela se daria bem com as crianças, principalmente com o Enzo, ele é calmo e não precisa de muito para se manter entretido.

_Vamos fazer o seguinte; quando a minha casa estiver pronta eu faço questão de reunir vocês e meus amigos para inaugurarmos, o que acham? Esta é uma boa oportunidade de conhecerem Enzo e Louise_ convidei.

Enzo tem muito de mim, é tão maleável, se ele está fazendo algo errado apenas com um olhar que eu dirijo a ele é o suficiente pra ele parar de aprontar. Muito obediente e não discuti minhas ordens, talvez pela convivência com meu irmão Seth ele esteja adquirindo algumas de suas características tais como a timidez. E algo que acho muito fofo, Enzo é muito apegado à irmã, altamente protetor mesmo ele sendo tão pequeno e ainda não entender este senso de obrigação com o sexo feminino.

Louise é carismática e pra ela ninguém é estranho, mas seu gênio é dominante, característica que tenho certeza que ela herdou do pai. Desde pequenininha ela reforça esta teoria. Tudo é na hora que ela quer, contesta sobre minhas repreensões e adora vencer, principalmente quando nós duas batemos de frente, outra característica do Edward, ela não aceita um não como resposta.

_É verdade Bella, não vejo a hora de conhecê-los. Eu às vezes nem acredito que você com esta carinha de menina, já é mãe e ainda por cima de duas crianças. Aposto que o pai é muito orgulhoso tanto de você quanto dos filhos_ Rosalie afirmou de um jeito tão espontâneo que eu nem tive coragem de contar que o pai das crianças os rejeitou antes mesmo de nascerem.

E o mais engraçado é que pelo pouco que conheço de Rose, eu podia pressentir o quanto ela e minha marrenta Louise poderiam se dar bem, aquele jeitinho autoritário e um olhar forte que diz muitas coisas sem a boca pronunciar uma só palavra.

Quanto ao Edward eu não precisava expor minha magoa, fiz meu melhor respondendo de um jeito sutil.

_O pai das crianças não reagiu bem à notícia da gravidez, ele nem se quer sabe que eles existem_ falei naturalmente não demonstrando o quanto o assunto me soava delicado, as três mulheres a minha frente arregalaram os olhos e eu podia perceber como ficaram assustadas.___Mas isso não me incomoda, ele foi o único que saiu perdendo, conviver com aquelas crianças é um aprendizado e tanto. A cada dia que passa, eu me sinto mais realizada e orgulhosa de ter colocado duas pessoinhas tão especiais no mundo.

Esme tinha os olhos brilhando, sua emoção era palpável, senti-a pegar minha mão e aperta-la por cima da mesa no seu escritório, mostrando seu apoio e conforto.

_Disse tudo querida, ele foi o único que saiu perdendo, e você é a melhor mãe que estas crianças poderiam ter_ Esme me avaliava minuciosamente_ Isabella vou te perguntar algo pessoal, mas só responda se quiser._ Pelo que você mencionou você e o pai das crianças não mantém contato, não é?_ rapidamente acenei negando_ Mas eu posso ver em seus olhos e quando você fala parece ligada a ele, você mantém algum sentimento por ele?

A pergunta de Esme saiu mais como uma afirmação, e sinceramente eu não sabia responde-la.

No decorrer destes anos, recordo de algumas vezes que vi fotos do Edward em revistas de entretenimento, uma em especial gritou pela minha atenção; nesta Edward e sua esposa estavam irradiando alegria e o anúncio da matéria divulgava a gravidez de sua esposa. Diante da notícia, comecei a sentir algo diferente, um misto de desprezo misturado ao nojo. Os meus bebês ele podia rejeitar? Mas estava radiante anunciando o filho com uma empresaria sei lá das quantas? A partir disso, eu odiei Edward Masen, e olha que eu evitei ao máximo este sentimento.

_Eu não sinto nada, a não ser desprezo_ respondi rapidamente, Esme me desafiou com um olhar, mas me mantive firme_ O destino foi muito generoso comigo colocando Scott no meu caminho, ele é um parceiro incrível e o único que amo, ele soube respeitar meu tempo difícil, e o mais importante ele adora meus filhos, não seria diferente já que ele é pediatra e foi através dos meus filhos que nós conhecemos. (N/A: tomei a liberdade de selecionar um ator pra este papel, Josh Duhamel, muito lindo por sinal quem quiser conferir link abaixo).

Kate gargalhou com meu comentário, o que foi muito bom, dispersou toda a atenção que Esme estava depositando em mim.

_Realmente é incrível mesmo Bella, quer dizer você namora o pediatra dos seus filhos?_ perguntou Kate, eu acenei concordando.

_Kate quando você for mãe, vai descobrir que tudo gira em torno dos nossos pequenos, eu não tenho tempo de sair pra passear, o único local que vou é para o estúdio. Então é muito natural sim eu namorar o pediatra das crianças, sendo que mensalmente frequentávamos o seu consultório, ele era solteiro, lindo de viver e sempre mostrou interesse em mim, não demorou muito e eu dei oportunidade dele me conhecer melhor.

_Quem bom que encontrou alguém digno de sua companhia querida _ finalizou Esme.

Elegantemente ela levantou de sua cadeia e se despediu de mim, deixando suas filhas me fazendo companhia, Esme estava saindo para acompanhar outra cliente em uma nova obra.

Este também era meu momento de retirada, ainda tinha um casamento pra comparecer, o que significava uma longa produção pra começar. Despedi-me das meninas, mas não sem antes trocarmos o numero de telefone e combinarmos um dia pra sairmos elas com seus maridos, eu e meu namorado.

**********

Do lado de fora da casa de Tânia eu ouvia o barulho que vinha do seu interior, os gritos das crianças eram os mais evidentes, mas tinha uma voz que estava se misturando a voz deles. Scott Mccloud, às vezes o achava mais criança que meus filhos. Mas adorava ver a forma que os três interagiam juntos. Pareciam verdadeiramente pai e filhos.

Único empecilho entre eu e Scott é a distância, até ele transferir seu consultório de Rochester aqui pra cidade levaria alguns meses, mas nada que não possamos superar juntos. Quando fiquei fora fazendo cursos não foi diferente, ele me apoiou e sempre que conseguia dava uma escapadinha pra me ver.

_Onde é o incêndio? _perguntei ao entrar na sala me referindo ao barulho, de repente me deparo com Scott todo borrado por tinta guache e purpurina, as crianças estavam fazendo dele seu modelo particular.

Fiquei feliz ao constatar que tinta guache saia facilmente com água e sabão, do contrário não seria interessante chegar ao casamento da Carmem com meu namorado brilhando.

Enzo ao me ver correu pro meu colo, sempre tão carinhoso e ao mesmo tempo carente.

_Saudades mamãe!_ disse enchendo minha bochecha de beijinhos molhados.

_Também meu amor, como se comportou? Espero que até a mudança você e sua irmã não destruam a casa da tia Tânia.

Afaguei suavemente seus cabelos, não tinha como negar o quanto Enzo se parecia comigo desde a aparência até seu comportamento, a cor dos cabelos marrons escuros, o nariz, o tom translúcido da pele. Mas em compensação os olhos verdes esmeralda e o sorriso torto eram idênticos ao pai. Pior que isso era Louise, às vezes parecia até ingratidão, eu carregar eles na minha barriga, passar por um parto doloroso, e minha filha ser a cara do pai. Desde a cor dos olhos, o cabelo e tudo. Como não me lembrar do Edward, se quando olho pros meus filhos eu vejo sua imagem?


_MAMÃE tá me ouvindo? Olha que lindo_ olhei pra baixo encontrando Louise com um pincel na mão e sorrindo orgulhosa do desenho que tinha feito na minha perna, conseguindo a façanha de manchar um pouco do tecido do meu vestido.

_Meu Deus! Eu tenho artistas em casa, veja só Scott ela desenhou uma borboleta_ admirei.

Meu namorado de corpo atlético pele levemente bronzeada, olhos de um intenso tom esverdeado, uma boquinha sexy que implorava pra ser beijada, levantou rapidamente do chão e veio me dar um selinho de boas vindas. Cochichando no meu ouvido.

_Não imagina o quanto senti sua falta_ confidenciou, sempre carinhoso.

_Eu também senti sua falta querido_ sussurrei no seu ouvido, foi impagável sentir seu corpo tremer colado ao meu.

_Ok, ok pombinhos, vão para um quarto namorar e nada de pegação na frente dos meus bebês_ Tânia gritava do alto da escada.O dia seria corrido, Scott estava passando o fim de semana com a gente, mas na manhã seguinte retornaria a Rochester, eu tinha o casamento de Carmem pra comparecer, sem falar que a equipe de Jacob vai fotografar o evento, eu precisava estar presente caso algo desse errado.

_Scott eu lamento ter que sair quando você está presente, mas não tem como não comparecer neste casamento_ lamentei.

Ele sorriu largamente, sempre que ele fazia isso; eu não deixava de comparar com o sorriso torto do Edward, uma bobeira da minha parte, mas era automático.

_Eu adoro exibir você do meu lado Bella, e se você vai; eu também vou, faço questão de acompanha-la sem falar que precisamos aprender. Muito em breve será o nosso casamento_ concluiu.


Eu senti meu estômago reclamar, um frio na barriga sem tamanho. Eu não estava preparada nem um pouco pra esse passo. Às vezes me sinto uma hipócrita em deixar Scott se iludir tanto ao meu respeito.

Olhei pras minhas crianças esparramadas no chão imaginando por onde começar. Não sabia se arrumava a bagunça que fizeram ou se começava a limpa-los.

_Louise e Enzo, os dois para o banheiro agora, amanhã mamãe deixa vocês brincarem mais._ Louise colocou suas mãos gordinhas na cintura, e fez seu biquinho fatal, aquele que me deixa desarmada.

_Eu não vou nesse casamento, eu acho um saco _ Louise me encarava ameaçadoramente, seu olhar dizia tudo: ninguém me obriga a ir. Às vezes eu queria chorar. Minha autoritária, mas doce garotinha as vezes parecia uma rebelde sem causa, eu precisava saber lidar com ela, no entanto às vezes era tão difícil.

_Eu não vou obriga-la a ir se você não quer, mas exijo que seja educada e não use estas palavras, muito feio uma menininha da sua idade tão sem modos._ repreendi.

_Mamãe, mas foi à tia Nessie quem disse isso_ se defendeu toda manhosa.

Claro era de se esperar, Nessie e Tânia no mesmo lugar que Louise eu sabia que poderia ocasionar situações assim. Este era um dos muitos motivos que queria me mudar o quanto antes, eu sei que elas não fazem por mal, mas crianças tem uma facilidade em aprender o que não deve. Louise especialmente.

_Se a Ise não vai, eu também não vou – olhei pro meu rapazinho todo amuado, sempre colado na irmã. Louise olhava para o irmão com reprovação, eu podia imaginar o que passava em sua cabecinha. “Meu irmão é um mala, cara grudento”.

Não estou imaginando coisas, eu já ouvi a “Ise” dizer isso, mas agora ela estava preocupada em não levar mais um sermão.

Scott sorria vendo o meu dilema com os meus pequenos.

_Tudo bem, vocês ficam com o tio Seth _pronunciei.

_Pode deixar que eu cuido das crianças Bella, vá se arrumar, aproveite a iniciativa já que nem sempre o 20 km/h é tão veloz quanto deveria_ Tânia piscou pra mim com uma cara safada. Ela se recusa a chamar Scott pelo nome, o batizou afetuosamente ou não tão carinhoso apelido, Scott sorria quando ela se dirigia a ele com esse codinome, mal sabe ele que isso é uma ofensa ao seu desempenho sexual. Tânia o julga como lento e frouxo. Segundo ela um homem tem que ter pegada, marcar presença, então não ajuda muito quando meu namorado é carinhoso e sempre coloca meu bem estar em primeiro lugar.

_E você Tânia? Não vai ao casamento?_ perguntei.

Seu olho esquerdo começou a tremer e suas mãos foram parar compulsivamente nos cabelos, sua reação me dizia que Tânia estava aprontado ou me escondendo algo.

_Estou cansada querida e adoraria passar um tempinho de qualidade com as crianças. _Ela desconversou e saiu da sala rebocando meus pequenos pro segundo andar. Assim que eles saíram do nosso campo de visão, Scott começou a rir.

_Você já considerou a possibilidade da Tânia ser maluca? Bella eu não considero normal uma mulher que tem como enfeite de sua mesinha de centro um pênis, no jardim de inverno ao invés de flores encontramos estatuas de casais transando, os objetos de decoração são de dar medo, Credo esse lugar é sinistro._ Este é o principal motivo que eu tenho pressa de mudar daqui, crianças são curiosas e perguntas constrangedoras estavam começando a aparecer na nossa rotina. Não ajudava muito, com estatuas e objetos sugestivos.

Sim esse lugar é sinistro, Tânia é sinistra, mas eu acho que no fundo ela se sente vazia, sozinha. Por isso a necessidade de ver a casa cheia e barulhenta.

Juntos subimos para o quarto e começamos a produção para o evento, a falta de tempo não permitiu que eu caprichasse e demorasse muito nos detalhes, optei por um vestido tomara que caia de cor coral, básico, porém muito elegante. Com o cabelo segui o ritual de sempre, lavei e o sequei entre meus dedos dando certo volume, mas modelando as pontas sem que ficassem aquele efeito liso lambido e nem mesmo aqueles cachos artificiais. Na maquiagem investi apenas numa base com efeito aveludado, apliquei um delineador azul petróleo contornando a parte externa da pálpebra, com um lápis de boca cor rosa seco eu contornei meus lábios e esfumacei com a ponta do dedo, passando um ar saudável. Pra finalizar sobrepus uma leve pincelada de iluminador dando um ar mimoso no meu look.

Meu namorado de 1,81m de altura estava digno da premiação do Oscar, num terno Giorgio Armani, cor azul petróleo, uma camisa preta por baixo e uma gravata cor grafite.

Antes de sairmos paramos na cozinha, Tânia estava empanturrando meus filhotes de tanta besteira. Mas que mãe não se derrete vendo sua cria tão feliz? Louise é chocólatra viciada, adora tudo relacionado a chocolate e Enzo este parece uma formiguinha açucareira, falou em doces é com ele mesmo.

_Ei, ei, ei. Tânia quantas vezes lhe disse o quanto doces em excesso faz mal? Eles são pequenos e somos nós adultos que determinamos o que eles devem e não devem comer._ O lado clínico de Scott falou mais alto, mesmo sabendo que ele estava usando sua autoridade médica, eu me derretia quando presenciava estes momentos, soava tão paternal e protetor. Nessas ocasiões eu esquecia completamente que os meninos tem um pai por ai.

_Meus pequerruchos a mamãe já vai, fiquem com Deus e cuidem da tia Tânia não a deixem fazer besteira. Daqui a pouco o Tio Seth chega pra fazer companhia a vocês, qualquer coisa liguem estou levando o celular.

_Mamãe está tão bonita e cheirosa_ Louise sussurrou, eu retribui fazendo cosquinhas na sua barriga.

_Enzo seja o homenzinho da casa e cuide das damas_ Scott brincou.


Eu sei que é muita falta de educação, mas para variar chegamos atrasados, casa que tem crianças é isso mesmo, até que eu consegui passar às recomendações e despedir dos meninos, pegamos a cerimonia na metade, mas ainda sim consegui apreciar todo o requinte e bom gosto que Carmem investiu nos preparativos. Os convidados alguns me eram estranhos, e não demorou muito eu encontrei toda a equipe do meu estúdio. Jacob parecia uma pilha de nervos, perguntei se precisava de ajuda, mas ele foi ríspido ao me responder “você não devia ter vindo aqui”.

Fomos para o salão onde seria a recepção, lá eu tive uma visão melhor de Carmem e o seu noivo. Um casal muito bonito por sinal, Scott estava atento a todos os movimentos, eu acho que ele estava levando a sério a brincadeira sobre aprendermos os tramites para casar.

_Vamos arrumar uma mesa e sentarmos um pouquinho, podemos esperar até sua amiga Carmem notar nossa presença e em seguida seguimos para o hotel onde fiz reserva._ Scott falou naturalmente, eu o encarei perplexo, por isso Tânia disse que eu devia aproveitar a iniciativa, ela sabia que hoje passaríamos a noite juntos num hotel.

Alguns convidados passavam por nós e nos cumprimentavam, alguns clientes do estúdio vieram até a mesa onde estávamos, mas eu sentia minha pele queimar, como se fosse observada. Olhei ao redor e não encontrei nenhum olhar pesando sobre mim, a não ser alguns homens que me encaravam desde o momento que cheguei.

_Bella, tudo bem amor? Esta desatenta._ Scott dizia enquanto deslizava seu nariz pelo meu pescoço_ Você está especialmente linda esta noite, veja quantos homens estão me olhando com inveja.

Não sei se isso é um fator ruim ou bom, mas Scott não faz a linha namorado ciumento e muito menos possessivo. Muitas vezes passamos por situações em que outros homens me cobiçavam bem a sua frente e nunca o vi perder a compostura. Meu lado sensato dizia que isso era bom, o ciúme trás muitas inconveniências no relacionamento. Meu lado egoísta dizia que uma pitada de ciúme faria bem, não que eu seja insegura, mas às vezes é bom sentir a proteção do seu homem, seu excesso de zelo.

_Esta tudo bem, estou apenas verificando se Jacob não precisa de cobertura_ disfarcei.

A sensação estava cada vez pior, eu já estava sem graça de ficar observando as pessoas. Scott estava desconfiado e às vezes sussurrava no meu ouvido questionando meu comportamento. Pra piorar a situação, Jacob parecia estar me vigiando com um olhar, sua cara de poucos amigos não deixavam duvidas que algo grandioso estava acontecendo. “Estou deixando algo passar”, minha mente confidenciou.

_Venha Bella vamos dançar, e depois cumprimentar os noivos para sairmos daqui_ Scott me puxou pra pista ao som de

All Yours -Metric .

A música lenta não estava ajudando no meu desconforto, mas resolvi focar a atenção a minha frente.

Scott parecia com certa dúvida quando tocou meus lábios com a ponta dos seus dedos para logo em seguida tomá-los num beijo casto, puro, que não demostrava urgência, mas no fundo eu sentia sua necessidade. Suas mãos tinham um toque suave, parecia uma pluma percorrendo a pele exposta das minhas costas.

Quando se distanciou, minha boca foi atrás da dele, eu não queria parar, eu precisava senti-lo mais intenso, mais profundo. Levei minhas mãos ao seu cabelo colando ainda mais nossas bocas, o meu gesto pareceu encoraja-lo, pois seu nariz tocava minha bochecha e Inalava meu aroma, aos poucos eu podia sentir meus pelos se arrepiarem conforme seu nariz tocava meu ombro e minha clavícula. Ele levou suas mãos até minha cintura me erguendo do chão, permitindo que eu ficasse quase a sua altura, sua boca voltou com selinhos carinhosos para o meu pescoço percorrendo o caminho até chegar a minha boca.

Seus lábios abriram rapidamente permitindo a passagem da minha língua, a esta altura eu podia sentir meu centro latejar, então não pensei duas vezes ao provocar sua língua para uma batalha de amantes, Scott chupou meu lábio inferior, mostrando que eu não era a única animada, mesmo sob o tecido eu podia sentir sua ereção evidente. Deixei que sua língua quente e molhada descesse iniciando a sessão torturante que era a expectativa se formando para nosso encontro intimo. A mão de Scott estava escorregando das laterais do meu corpo para o meu bumbum mostrando neste lascivo beijo sua necessidade de me possuir.

_Acho que é hora de partimos, ou amanhã não terei cara para encarar as pessoas aqui presentes, você está me seduzindo em publico_ coloquei minha boca ao seu ouvido para sussurrar, mas antes que me afastasse suguei seu lóbulo sedutoramente.

_Eu não sou o único que esta usando poderes de sedução, senhorita Swan.

Caminhamos em direção à porta de saída encontrando o Thom, um dos assistentes de Jacob, o que me fez lembrar que eu queria me despedir dele.

_Eu preciso falar com o Jacob, você vem comigo? _me aproximei do meu namorado, o som estava alto e mesmo gritando ainda sim minha voz sairia abafada.

_Eu o vi próximo ao bar onde o coquetel esta sendo servido, enquanto você vai até ele vou lá fora ligar pra Tânia e saber se as crianças estão bem_ disse Scott.


Segui as orientações de Scott indo até o bar, procurei nas mesas e não o encontrei, fiz uma caminhada pela área verde onde os noivos estavam e nada de achar o Jacob. Decidida a ir em direção ao meu namorado, rumei de volta ao salão. Mas o que eu vi a seguir me deixou sem chão, em toda sua beleza e gloria Edward Masen estava sentado numa mesa acompanhado de uma mulher de cabelos preto, ela estava de costas pra mim, mas imaginei ser sua esposa pelos longos cabelos negros, assim como a foto que eu vi na revista.

Eu queria desviar meu olhar, mas parecia que uma força de outro mundo me impedia, posso afirmar que ele estava da mesma maneira que eu. Edward estava me analisando dos pés a cabeça, um sorriso minúsculo começou a surgir, o que foi suficiente para me deixar arrepiada. Os olhos dele me pareciam vagos e as olheiras fundas revelavam seu cansaço,estava longe de ser o chamativo Masen, no entanto a barba baixinha por fazer parecia incrivelmente sexy.................. EPA. Isabella menos, bem menos.

Um Frio na barriga me tomou quando ele começou a se erguer de sua cadeira fazendo menção de caminhar até mim e mantendo sua visão presa no meu rosto.

Eu sentia o nojo e a repulsa inundar a atmosfera ao meu redor. Ele poderia me deixar abalada com sua presença , mas principalmente mortificada e ferida.

___Isabella espere, por favor __ Edward disse ao mesmo tempo que tentou segurar meu braço.

Reuni uma força que eu desconhecia ter e movimentei minhas pernas,fugindo do seu aperto eu sai do local antes que minhas atitudes revelassem meu medo, diante dele parecia que algo adormecido estava querendo despertar. Fingindo ignorância ao seu chamado, eu sai como se não o tivesse ouvido.

_Scott, vamos embora agora_ falei categórica. Com passos rápidos, mas elegantes caminhei até o local onde meu namorado me esperava, o ar estava preso nos meus pulmões e tenho certeza que meus olhos mostravam meu alarme.

Se ele percebeu meu estado, acho que atribuiu ao nervosismo e expectativa do encontro que teríamos no hotel . Contudo frequentemente eu sentia sua mão acariciar a minha enquanto fazíamos o caminho do Apart-hotel. As imagens estavam percorrendo minha mente, eu o vi. Céus e agora? Preciso me acalmar apenas o encontrei por acaso, coisa que eu sabia que mais cedo ou mais tarde aconteceria.

Minha mente trabalhava atribulada, quando dei por mim estávamos no quarto. Passei primeiro deixando a porta aberta, Scott entrou logo em seguida encostando a porta com entusiasmo e me prensando na parede.

É isso que preciso. Focar no meu presente, no meu namorado.

Seu beijo era mais forte e urgente do que aquele que trocamos na festa, suas mãos eram impacientes com o zíper lateral do meu vestido.

Minhas mãos estavam paralisadas no mesmo lugar, eu queria devolver as carícias, mas estava travada.

_Você fica linda de vermelho_ referiu-se a meu lingerie.

Suas mãos másculas e fortes apertavam meu bumbum pressionando mais seu quadril ao meu. A outra mão percorria meu corpo, carícia que em outro dia eu adoraria receber, agora parecia um incomodo. Ele massageava e apertava meu seio, enquanto distribuía beijos pelo meu pescoço.

_Bella, o que você tem? Fiz algo errado? _sua respiração parou _Por favor, me diga o que esta havendo, você veio o caminho todo calada e tremendo.

Eu permaneci calada. Não estava disposta a dizer.

Conduzi sua mão de volta ao meu seio, estimulando-o a continuar, não seria meu momento complicado que atrapalharia nosso reencontro, só Deus sabe quando teríamos outra oportunidade feito essa.

Percebendo minha decisão, ele se afastou de mim, soltando o ar que até então estava preso.

–Bella se vista, vamos pra casa. Eu compreendo se você não quer falar, mas não quero algo frio e uma parceira que mal me toca. Eu preciso de você presente, corpo e alma.

Assim como ele pediu, eu fiz, realmente o clima quente e sensual tinha se dissipado. Voltamos pra casa sem encarar um ao outro. O silêncio estava ficando insuportável, mas eu não conseguia dizer as palavras.

Chegamos à casa de Tânia parecendo dois estranhos eu estava me odiando por trata-lo assim. Mas eu estava sobre o efeito da surpresa e não podia negar o quanto ver Edward me trazia lembranças ruins. Meu sangue fervia , a raiva e magoa percorrendo entre minhas veias.

Peguei a chaves na minha bolsa abri vagarosamente a porta, e um diálogo estranho na sala me estacou no lugar que eu estava.

_Oh bebê, é isso mesmo, vem só mais um pouquinho vem, derrama seu leite quentinho na xoxotinha da tia Tânia derrama.

_Vou transbordar sua xaninha de porra, é isso que você quer tia Tânia?

Hoje definitivamente era o dia das surpresas. Ao entrar pela sala, tudo bem que a casa não é minha, mas minhas crianças estão hospedadas nela e então vejo Tânia montada no colo do meu irmão Seth o cavalgando e pedindo leitinho.

_AIIIIIIIIII MEU DEUS!_ eu podia sentir o rubor se formar na minha face, mas o que me chamou atenção foi Scott sacudindo seu corpo de tanto rir vendo a cena, fiquei aliviada ele parecia menos triste depois de toda a merda que eu fiz há pouco.

Tânia imediatamente pulou do colo do meu irmão totalmente nua, deixando um Seth desconcertado e esquecido de cobrir seu pênis ereto apontando na minha direção. ECA

_Bella_ Tânia e Seth falaram ao mesmo tempo, mas eu só queria subir pro quarto dos meus filhos e me certificar de que eles estavam dormindo longe de toda aquela palhaçada.

_Seth pelo amor de Deus cubra isso, não acho que seja interessante ficar com esse troço apontado na cara das pessoas, não é Tânia? _falei de forma irônica.

Subi as escadas correndo e fui ao quarto de cada um dos meus pequenos, o que me trouxe alivio, pelo menos estavam dormindo e poupando sua mente de tanta sujeira na sala de estar.

No corredor Tânia me esperava com o corpo agasalhado por um roupão, parecia chateada pela interrupção e não envergonhada pelo flagra.

_Bella por que cargas da agua você está em casa esta hora? Pensei que o senhor lento e vagaroso fosse te levar para um hotel e deixa-la de pernas arreganhadas a noite toda.

Dei as costas pra ela e segui pro meu quarto, ouvindo seus passos atrás de mim. Não estava chateada com ela e nem com o Seth, os dois são livres e fazem da vida deles o que quiserem, só queria mais respeito com meus filhos em casa.

_Minha menina me escute _sempre que ela me chamava assim, queria me driblar _Eu sei que você acha tudo isso uma loucura, que o horóscopo não justifica, mas eu estava apenas seguindo a orientação do meu astrólogo.

_É mesmo? Não me diga_ eu ainda estava sobre efeito do choque ao rever Edward e Tânia preocupada em justificar algo que nem era da minha conta. Seth tem dezoito anos e Tânia, bom ela é bemmmmmm de maior, uma cinquentona. Então eles são adultos o suficiente pra saber o que fazem.

_Sim Bella, ele disse que eu devia pregar a bondade, ensinar aos que não sabem nada, ser humilde e dividir aquilo que eu sei fazer de melhor. Agora pense comigo, seu irmão de dezoito é um universitário virgem, até hoje não tinha nem mamado num peito a não ser da sua falecida mãe _a esta altura estava tapando meus ouvidos.

_OK. Tânia já entendi.

_Eu passei um pouco do tempo brincando com as crianças no jardim, depois coloquei elas pra dormirem, voltei pra sala e tentei assistir tv, mas você sabe como os programas andam chatos, né?

_Tudo bem Tânia, já disse que entendi você estava entediada e quis brincar de professora_ falei ironicamente.

_Então é isso mesmo. Estou fazendo o que sei de melhor, SEXO. Estou dividindo com ele minha experiência, ele coloca seu cacete em mim e suga toda a minha sabed..._coloquei uma mão na frente interrompendo.

Tânia se calou e me devolveu um olhar diferente, agora ela estava analisando minha feição e sabia que eu estava com problemas.

_Bel você esta chateada, e não é com a cena que flagrou, não é?

Acenei concordando, tomei uma dose profunda de ar e confessei.

_Eu acabei de ficar cara a cara com o pai dos meus filhos.

Protetoramente Tânia correu na minha direção, me abraçou e beijou meus cabelos.

_Não se preocupe ele não chegará perto de vocês, caso contrário eu o mato._ disse baixinho no meu ouvido.

Eu não vou fazer aquilo que fiz anos atrás largando tudo aqui e partindo para a casa dos meus pais. Eu e meus filhos não sairemos de Nova York, farei o que for necessário para mantê-lo longe de mim e meus filhos.

_Vocês conversaram? Ele perguntou pelos filhos?

Reprimi minha vontade de chorar e neguei com a cabeça.

Minha madrinha estava boquiaberta, mas não era com minha falta de fala e sim com meu namorado parado na porta. E pela sua cara ele ouviu minha confissão.

_Bella eu tenho uma amiga, a patroa do seu irmão Seth, ela e o marido trabalham com a livraria e a floricultura, mas na verdade Alice é advogada, ótima por sinal. Vou marcar um horário pra você na segunda feira ela pode te instruir neste caso. Ela não exerce a profissão, mas tenho certeza que saberá te orientar.

Scott caminhou até a cama e sentou languidamente, ficou calado observando nosso dialogo. Tânia o olhou de soslaio e percebeu seu momento de retirada

_Estarei no meu quarto se precisar menina _falou antes de sair.

Com o rabo entre as pernas, eu sentei ao lado do pediatra dos meus filhos, mas evitando olhar nos seus olhos. Estava envergonhada.

Ele suspirou frustrado e levantou da cama.

_Isabella, qual a parte de relacionamento limpo e sem segredos você não entendeu?__ permaneci com o olhar preso no chão__ ESTOU PERGUNTANDO, POR FAVOR RESPONDA.

Levantei minha cabeça e encontrei os olhos agora magoados e intimidados de Scott. Eu estava fazendo tudo errado, estava excluindo ele da minha vida. Scott que sempre foi presente, ele que desde o nascimento dos gêmeos acompanhou cada passo deles no seu desenvolvimento, primeiro como meu amigo e depois como meu namorado.

_Desculpe, eu não sabia como contar, já esta difícil digerir o que aconteceu quem dirá partilhar a notícia_ expliquei.

Seus olhos me avaliavam temerosos, sua mão tremia e consciente do seu receio o abracei forte, esperava que fosse melhor nos gestos do que com as palavras.

Sem perder a postura ou demonstrar insegurança, ele beijou suavemente meus lábios.

_Isabella, você sabe o quanto eu lhe amo e te quero bem, sabes que o seu bem estar é a minha prioridade. Os seus filhos são os meus filhos, pra mim não importa se eles têm meu sangue ou não. Basta você me pedir pra ser seu e eu serei, basta pedir que eu fique com você e assim farei. Mas pra isso você precisa ser mais aberta comigo, você deve me dizer se deseja minha presença do seu lado.__ afastou um pouco, me dando espaço__ Ou se preciso me retirar da sua vida, e das crianças.

As lágrimas molhavam meu rosto, eu não queria perdê-lo e toda esta conversa estava parecendo uma despedida. Eu não podia permitir que o medo ou surpresa inesperada removesse do meu peito o sentimento que este homem a minha frente cativou. Quando Edward me deixou eu estava ferida, machucada. Scott além de amigo foi parceiro e me acolheu no seu coração bondoso, consequentemente ele suturou minha ferida.

_ Eu não tenho que pedir algo que já é existente entre nós, eu sou sua e você é meu. Nada nem ninguém vai mudar isso. Quando aquele homem rejeitou aos filhos ele estava me rejeitando também. Agora me cabe seguir a minha vida, a nossa vida. Você me terá por inteira, alma e coração.

Eu não estou brincando quando digo isso, mesmo que Edward se mantenha longe ou perto, isso em nada influenciará na minha escolha.

Você foi deletado de nossas vidas Edward Masen. Qualquer pessoa que ameace vida das minhas crianças, é meu inimigo.



Pov Edward


Barulho de coisas caindo e vozes sussurradas alertaram meu inconsciente, preguiçosamente forcei meus olhos a abrirem, revelando sua contrariedade ao detectar o lugar desconhecido que acordei. Levei minhas mãos no rosto esfregando meus olhos ainda sonolentos para em seguida conduzir minha mão até meu cabelo que, certamente encontrava-se em estado de revolta e bagunça.

Olhei ao redor, as paredes de cor azul clara com cortinas em tons de bege não me pareciam familiar, a mobília em tons marfim em nada me ajudavam a recordar como vim parar aqui ou por que eu estou aqui.

A única coisa que sou capaz de processar é a insuportável dor de cabeça que insisti em martelar de segundo em segundo na minha cabeça.

Cambaleante e desajeitado levantei da cama, ainda em estado entorpecido fui até o banheiro para mim desconhecido e fiz minha higiene matinal.


Abri a porta do quarto calmamente e segui um curto corredor que me conduzia de onde vinha barulho de passos e vozes. Conforme eu caminhava eu revivia as lembranças da noite passada.

O casamento do meu amigo Eleazar e Carmem, a badalação na recepção, encontrei o mesmo homem que há quase cinco anos atrás me contou que Bella estava se mudando para o exterior e que havia aceitado fazer o aborto, e pra finalizar ontem encontrei a própria Isabella. Finalmente eu pude reencontra-la, ou não tão felizmente levando em consideração o guarda costas que não desgrudou do seu lado um só minuto.

_Que bom que despertou Sr Masen. Já estava ficando difícil fazer a Ângela conversar baixo e não fazer barulho pra lhe acordar_ disse Ben, um homem com feições semelhantes e os olhos puxados feito os orientais, funcionário no RH na Construtora Masen e marido de Ângela Webber minha agente e assistente pessoal.

A mesa a minha frente estava posta com muito capricho. Mesmo dormindo boa parte do dia meu corpo cansado pela ressaca e o enjoo estomacal não permitiam que eu tivesse apetite e vontade pra começar o café da manhã.

_Como eu vim parar aqui? Eu não recordo quase nada de ontem_ Ângela e Ben me encaravam sem graça e pela reação deles imaginei não ser boa causa meu motivo de passar a noite aqui.

_Sr Masen ontem o senhor se excedeu um pouco a mais na bebida, e como estávamos juntos do senhor na mesa resolvemos traze-lo aqui pra nossa casa, sendo que o senhor estava sozinho e sem condições de dirigir_ explicou a bela morena de corpo magro e alto, pele levemente bronzeada, longos cabelos negros e olhos azuis. Ângela, uma das melhores contratações que já fiz na empresa, discreta, incapaz de dizer ou fazer algo do meu desagrado e agora mais esta, mesmo não sendo sua obrigação nem de seu marido, ambos me acolheram num momento de embriaguez.

Uma pontada forte tomou conta da minha cabeça, imediatamente levei minha mão nas têmporas tendo sem benefício algum conforto. Ben percebendo minha tortura e ofereceu um copo com água e um comprimido que deduzi ser aspirina.

_ Obrigada pela hospitalidade, mas agora eu tenho de voltar pra casa e resolver algumas pendências._ despedi-me do casal.

Liguei para Arnold, meu motorista que, prontamente me aguardava na porta do edifício.

O caminho pra casa eu tentava com muita dificuldade recordar mais detalhes da noite passada.

Eu lembro como as mulheres estavam atiradas e se jogando nos meus braços, eu diria mais ousadas que de costume, recordo que a maioria da plateia feminina estava com produção demais e beleza de menos.

Maquiagem carregada, roupas vulgares e os cabelos com penteados extravagantes, não entendo de moda e muito menos sobre tendências, mas se tem algo que sou bom entendedor é a beleza fermina. E não consigo entender como as mulheres pensam que ficar bonita ou elegante é exagerando na arrumação. Mas todo este conceito desapareceu quando a vi.

Meu coração parecia que a qualquer momento sairia pela boca, minhas pernas ficaram tremulas e o frio na barriga estava presente.

Assim como eu lembrava ela entrou com uma postura firme e elegante pela porta lateral da igreja, mesmo com aquele homem do seu lado eu não fiquei intimidado e encarei descaradamente a perfeição diante de meus olhos.

A sua roupa e todo arranjo que ela investiu pra festa elevou ainda mais seu grau de exuberância, o vestido com uma cor laranja ou rosado não sei dizer ao certo, mas parecia feito à medida sobre seu corpo que diferente das minhas recordações, estava mais encorpado. O quadril mais largo muito evidenciado pela cintura fina e as pernas pareciam mais torneadas logo que o tecido se colava ao seu corpo conforme ela caminhava. O rosto trazia aquele brilho de menina, mas a feição mostrava sua maturidade e entendimento de mulher.

Às vezes Isabella parecia sentir minha presença e meu olhar pesando sobre ela, muitas vezes ela mantinha o olhar vago procurando o autor desta situação. Mas eu não estava preparado para ficar cara a cara com ela. Não neste momento que minha face denunciava a surpresa de encontra-la casualmente, então eu me esquivava. Também não ajudava em nada quando o seu acompanhante começava a sussurrar no seu ouvido a fazendo sorrir e devolvendo carícias na sua pele.

Aquilo estava me irritando.

Ou melhor, me matando de raiva.

Eu analisei as mãos de Isabella e fiquei feliz ao constatar que o homem ao seu lado era apenas um namorado, nada de aliança de noivado ou casamento em sua mão.

_Sr Masen chegamos_ Arnold me alertou.

Da mesma forma que entrei no carro saí, calado e concentrado na minha averiguação. O remédio começa a surtir efeito na minha dor de cabeça que estava ficando mais leve e aos poucos desaparecendo.

Entrei pela porta da frente e rumei ao meu escritório, sentei na cadeira e comecei a pensar.

Isabella estava Linda e ainda mais estonteante do que antes, com certa tristeza, verifiquei que ao seu lado não tinha criança alguma, sim, ela abriu mão do nosso filho. E chegar nesta constatação doeu ainda mais que ficar esses anos na duvida. Senti os enjoos e náuseas subir a bile no momento que o idiota do seu namorado a conduziu a pista de dança e a molestou bem a minha frente.

Molestou é exagero devo admitir, uma vez que ele estava dizendo em gestos o quanto a adorava e a respeitava, começou com movimentos brandos e suaves, o jeito como ele a tocava mostrava que ele estava a venerando e idolatrando e quanto mais eu via, mais raiva se acumulava. Ele deu início a um beijo lento e maçioso, mas Isabella parecia querer mais e praticamente engoliu a boca do Mané.

QUE ÓDIO

VONTADE DE IR ATÉ LÁ E QUEBRAR A CARA DO SAFADO.

Minhas mãos automaticamente se fecharam em punhos, mais um pouquinho, e eu quebraria meus dedos pela força que eu estava reprimindo.

Eu sei que não tenho direito algum sobre ela, entretanto estava acabando comigo ver o quanto ela se entregou a ele. Bella parecia ignorar a plateia e simplesmente o atiçava a toca-la cada vez mais de forma intima. Meus olhos viram vermelho quando ele pousou sua mão bem em cima do seu bumbum, lugar este que EU apertei varias vezes.

Precisei perdê-la pra descobrir que a amava todos estes anos. Pensava e ficava imaginando o que ela fez de sua vida. Mas nunca pensei que o AMOR que sinto por ela estava tão vivo e intenso no meu peito. Encontrar Bella abalou todo meu ser e pude comprovar que o sentimento está ainda mais forte agora que sei que ela está perto e o pior, necessitei assistir uma cena tão deplorável e nojenta como esta dela atacando a boca de um homem que não sou eu, pra descobrir meu outro “EU, um homem ciumento e possessivo, nunca pensei que diria isso, mas eu queria matar qualquer um que olhava pra ela com cobiça”.

Pior que vê-la em outros braços e respondendo carícias de outro, foi ver a expressão em seu rosto ao ficar cara a cara comigo.

Primeiro ela atingiu um forte nível de surpresa, depois ela deixou transparecer vestígios de raiva, nojo e magoa, eu não a culpo por isso, eu mesmo queria me matar pelas minhas idiotices.

E para aumentar ainda mais a minha contrariedade, ela fugiu de mim assim que a chamei pelo nome . Deu-me as costas e com a mesma elegância que ela chegou ela saiu um pouco mais rápido em direção ao namorado. Depois disso, eu só recordo de beber, beber e beber.

Não sabia se ela estava aqui a passeio, ou estava retornando a Nova York, mas eu sei quem poderia descobrir isso pra mim.

_ Jenks! Preciso de um relatório completo sobre Isabella Swan pra ontem_ falei impaciente no telefone, Jenks dizia que só o nome de Bella não seria suficiente para investigar _Azar o seu, eu o pago muito bem justamente pra isso, descobrir coisas que eu não sei.

Desliguei o telefone, recebendo logo em seguida a ligação de Emmett, meu cunhado desocupado.

Atendi um pouco sem paciência.

_O QUE FOI IMPRESTAVEL?_ resmunguei

A gargalhada do outro lado, não deixava duvidas que ele estivesse num bom humor, ao contrário de mim.

_Bom dia pra você também, cunhadão! Quais os planos pra tarde deste lindo domingo de sol?_ perguntou animado.

_Ao contrário de você eu preciso trabalhar, não tenho o desfrute de descansar aos domingos_ isso não era bem verdade, mas eu queria espantar qualquer ideia que ele estivesse surgindo de fazer algum programa juntos.


_Fala serio Edward, hoje é domingo dia de passar junto com a família, não me admira este mau humor. Mas em nome da sua irmã, queria convida-lo pra se juntar a nós aqui na mansão esta tarde.

Bufei impaciente, eu precisava da solidão, queria ficar com a mente limpa e sem nada nem ninguém buzinando no meu ouvido. Parecendo um adolescente apaixonado, eu queria ficar sozinho em casa curtindo minha foça e ao mesmo tempo pensando na minha Bella.

_Hoje não vai rolar Emmett, fica pra outro dia_ desconversei. Já ia desligar quando ouço Rose pegar o telefone e gritar comigo.

_EDWARD MASEN, você sempre diz isso, “outro dia eu vou”, mas você nunca vem, e hoje o motivo é especial, Emmett e eu estamos comemorando nossos nove anos de casados. Então não estou te convidando e sim intimando. Será apenas uma reunião familiar e as únicas pessoas de fora que convidei foi uma amiga e sua família_ vociferou Rose.

Depois do discurso não tinha como eu dizer não, aliás, eu nunca conseguia dizer não a Rose assim como eu, ela nunca aceita uma NÃO como resposta.

_OK, eu vou tomar um banho e colocar uma roupa limpa e já vou_ com certeza não menti quando disse roupa limpa, ainda usava o terno de ontem e o cheiro não estava muito agradável, o álcool estava impregnado em todo meu corpo.

Assim que finalizei a ligação com minha irmã, eu procurei no banho o refúgio para os meus problemas mais fáceis e casuais o cansaço, mau cheiro e a regeneração do meu corpo que mais parecia ter sido atropelado.

Sai do banho me sentindo outro, os cabelos molhados foram o antidoto perfeito pro que restou da enxaqueca, próximo passo seria me arrumar pra tal comemoração. Por estar desacostumado com este tipo de reunião, eu optei por uma camisa azul clara e um paletó azul escuro da mesma cor da calça.

O caminho ate á casa do meu pai foi feito em minutos, quanto mais cedo eu chegasse, mais cedo eu viria embora.

No estacionamento da mansão não vi nenhum carro diferente, sinal que os convidados ainda não tinham chegado.

Desci do carro e caminhei até o Jardim, onde todos estavam reunidos.

Eu estava me sentindo um peixe fora d’agua, meu pai que eu só o via com roupas brancas e hospitalares, agora estava em trajes caseiros e tomando conta da churrasqueira, Emmett e meu cunhando Garret estavam de sunga queimando no sol esparramados na espreguiçadeira.

Minha irmã Rose estava com um biquíni vermelho minúsculo e uma canga por cima, Kate parecia mais comportada com um short jeans curto e um maiô preto com as costas despidas.

_Querido seja bem vindo_ Esme venho me receber, no mesmo estilo das minhas irmãs, com óculos escuros, chapéu de sol e um vestido leve por cima do biquíni.

_ED _minhas irmãs gritaram ao mesmo tempo, ambas esparramas na grama em baixo da sombra de uma árvore. Rose levantou e veio correndo me cumprimentar, e claro a sua cadelinha Suzy ao seu lado fielmente.

_Fico feliz que tenha vindo só não entendo, por que está vestido todo social? Assim você parece um velho meu irmão_ Rose dizia entre caretas.

_Este é meu estilo Rose, enfim parabéns pela ocasião, amanhã mando Ângela comprar um presente pra você e Emmett, como foi em cima da hora não programei nada.

Ela me olhou com desagrado franziu o cenho, algo que eu sempre faço quando estou irritado.

_Edward Masen só de ter sua presença aqui é um presente maravilhoso, mas se você quer realmente nos presentear com algo, sugiro que compre você mesmo, nada de ocupar Ângela com esta função_ minha irmã repreendeu.

De repente a claridade do dia começou a ficar embaçada, olhei pra cima a tempo de ver uma nuvem cobrir o sol, conclui que isso não duraria muito tempo, levando em consideração que estávamos curtindo o arrebento dos raios solares em plenas quatro horas da tarde. Mais trinta minutos fingindo ser atuante na família e enfim voltaria pra minha casa.

_Edward eu comprei o novo uniforme dos Yankees, acho que sou um dos privilegiados que usará o manto sagrado em primeira mão_ falou Emmett. Meus cunhados são doentes por beisebol, algo que eu tenho em comum, nós somos torcedores fanáticos do Yankees, este esporte é uma das poucas coisas responsáveis pela minha atenção e entretenimento.

Garret e eu acompanhamos Emmett até seu quarto pra conferirmos de perto o novo uniforme, mesmo no segundo andar da mansão eu conseguia ouvir o barulho do motor de carro e este estava sendo estacionado aqui na mansão.

A camiseta oficial do time manteve as cores tradicionais, Azul-Marinho com cinza e detalhes em branco. Olhar para aquela camiseta me rendeu boas lembranças de uma época que eu era apenas o Edward descolado e sem preocupações, frequentava os estádios para acompanhar os campeonatos e naquela época não tinha uma vida pessoal arruinada e nem uma empresa nas costas pra me preocupar. Ultimamente o que eu sei do time é pela televisão ou o comentário dos meus cunhados, minha vida social se resume apenas em reuniões e encontro com clientes.

_Vamos descer rapazes, antes que as nossas esposas venham atrás de nós_ Garret pau mandando falou.

Emmett e eu costumamos brincar que na casa de Garret quem dita a ultima palavra é Kate, meu cunhado se desmancha de amores por minha irmã e pra felicidade dele ela o corresponde, mas Kate é esperta o suficiente pra usar isso a seu favor, sempre consegue o que deseja. Eu sinto pena do Garret pela falta de pulso firme, se deixarmos as mulheres montar nas nossas costas elas fazem de nós seus cavalinhos.

Antes que saíssemos do quarto eu ouvi Esme dialogar com alguém, mas quando saímos do quarto o corredor estava vazio.

Chegando ao jardim encontramos uma cena diferente, minhas irmãs brigando pela atenção de duas crianças. O garotinho estava no colo de Rosalie e a menina meu pai a estava segurando nos braços e Kate brigando com ele para ter mais da atenção da menina voltada só pra ela. Eu me aproximei e ao chegar perto da garota eu recordei em tempo recorde, era ela, a garotinha que esbarrou nas minhas pernas, a menina Louise, e pela cara sapeca que ela me olhava posso considerar que ela recordava de mim também.

_Ei pequena Louise_ levei minha mão e baguncei seus cabelos, que agora estavam secos e permitia analisar o tom avermelhado com brilho perolado.

Ela ignorou a atenção que meu pai e Kate disputavam com ela e me analisou.

_Boa tarde senhor mal educado_ ela disse em tom irritante, mas sorrindo _também foi convidado pra passar à tarde na piscina?_ ela dizia com sua voz infantil , mas encarava meu terno que não estava nada apropriado para o momento.

_Sim eu também fui convidado, este senhor que esta te segurando é meu pai e a moça loira que parece uma palhaça é minha irmã Kate_ esta não pareceu muito feliz com a comparação, mas a Louise pareceu gostar do mal feito, pois estava rindo da expressão zangada de Kate.

Louise desceu do colo do meu pai e gritou pelo garotinho que agora recebia a atenção do Emmett e do Garret, além de Rose.

_Enzo venha aqui, agora_ ela não pediu, ela ordenou e eu estava deslumbrado assim como fiquei quando a conheci na loja.

O menino parecia tímido e não conseguia me encarar nos olhos, quando percebia minha atenção nele ,Enzo abaixava a cabeça e suas bochechas atingiam um leve rubor. O cabelo castanho escuro brilhava ainda mais diante aos poucos raios solares, quando enfim ele chegou até nós pude comprovar o quanto seus olhos eram verdes, assim como os da Louise, certamente são irmãos ou primos devido à semelhança.

_Moço este é meu irmão Enzo, nós somos gêmeos sabia? Eu nasci primeiro, sou a irmã mais velha _ela olhou para o irmão que estava encolhido e Louise apontou o dedo na minha direção _Enzo eu conheci este moço na loja, ele se chama, hum, como você se chama?

Ela me olhou pensativa, e eu sorri com sua façanha de fazer amigos mesmo mantendo um ar autoritário, de longe se percebia o quanto ela é desinibida.

_Eu sou o Edward, hummmm__ não saia qual assunto seguir, pensei na minha rotina e algo me veio a mente __ Sabiam que eu trabalho construindo casas? _de onde estava saindo este assunto? Eu nunca me dei bem com crianças, o que estava havendo comigo? Eu queria conversar com eles, mesmo que fosse futilidades. Minhas irmãs e meu pai me encaram sorrindo, como se este fato fosse coisa de outro mundo.

O pequeno Enzo pareceu feliz com a descoberta, ele sorriu largamente e puxou assunto, mas mesmo assim corando, tão tímido. Constatei.

_ Você sabe fazer uma casa na árvore? _ele sorria docemente com a pergunta, o sorriso tão contagiante, um menino tão cativante sentia como se já o conhecesse. _Eu sempre quis uma, mas a mamãe sempre arrumava uma desculpa e dizia que é perigoso, e que nem o tio Seth e o vovô conseguiriam fazer _ concluiu.


Crianças. É tão bom ser criança, a cobiça e pretensão passam longe de sua mente pura. Um adulto desejaria uma cobertura luxuosa ou uma mansão. Mas o menino a minha frente queria uma casinha na árvore.

Quando percebi eu estava ajoelhado no chão conversando com eles, analisei o redor e não encontrei os pais das crianças, mas percebi que Garret parecia ansioso pela resposta.

_E então Edward você sabe fazer uma casa na árvore?_ Garret me perguntou de um jeito sacana. _Uma casa na árvore não deve valer uma fortuna como você esta acostumado.

Olhei os olhinhos pidões das crianças e parece que isso foi o suficiente pra me convencer, é claro que eu poderia fazer a melhor das casas construídas sobre uma árvore.

_É claro que eu posso fazer uma _disse dando uma piscadela pra Enzo e Louise, eles riram em uníssono.

Levantei do chão, e meio desajeitado passei a mão pelo tecido da minha calça expulsando a sujeira que se acumulou no local. Estava tão concentrado na tarefa, que quando ouvi sua voz, meu corpo inteiro tencionou, fiquei travado no lugar que estava.



POV BELLA


Esme nos convidou gentilmente a conhecer sua casa, Enzo e Louise pareciam ter chegado num parque de diversão, pra eles a ideia de ficar no enorme jardim e perto da piscina era muito mais interessante que fazer um tour pela casa. Tânia e eu acompanhamos Esme e a cada lugar que passávamos eu ficava mais extasiada. Uma residência de dois andares, cômodos muito bem repartidos e cada detalhe comprovava seu bom gosto.

Estava na sala com Tânia e Esme quando ouço as vozes dos meus filhos se misturando a outra voz, eles pareciam estar interagindo, até mesmo Enzo que costuma ficar retraído na presença de estranhos parecia tagarela.


O que não é pra menos, assim que descemos do carro Kate e Rosalie estavam a nossa espera, aliás, a espera das crianças, Esme me apresentou ao seu marido, um senhor muito bonito e charmoso, a idade não alterou em nada seu charme. Os cabelos loiros se misturavam em fios grisalhos o que aumentou ainda mais sua beleza, os olhos azuis cristalinos assim como as filhas. Bem que Tânia me advertiu que o senhor Cullen era muito bom de aparência, claro que minha madrinha não disse nessas palavras, segundo ela Carlisle é ainda mais bonito que seu único filho homem, mas este parecia ausente no recinto quando chegamos.

_Meninas venham, vamos ao quiosque lá fora e curtir o que resta do sol_ Esme falou.

Eu não estava com planos de entrar na água, tinha duas crianças pra ficar de olho, por isso coloquei apenas uma regata vermelha e um short jeans acompanhado de uma rasteirinha nos pés. Tânia por outro lado estava meio “gótica” hoje, em plena tarde e um sol de rachar ela estava usando calça preta, blusa preta, batom preto e esmalte preto. Os cabelos loiros estavam trançados destacando ainda mais seus olhos com um forte delineador preto. Segundo ela seu astral hoje não estava muito bom, e disse o que era a dica do dia, mas eu ignorei esta parte da explicação.

_Muito bonita sua casa Esme, quanto espaço_ eu estava admirando a área verde do jardim quando o notei estático no jardim, ele parecia surpreso por me encontrar aqui, mas não mais que eu. O que Edward Masen esta fazendo aqui?

Minha primeira reação foi prender a respiração, meu coração parecia que estava galopando no peito, mas o pior foi encontrar meus filhos do seu lado, eles pareciam conversar entre si.

Olhei rapidamente ao redor e encontrei Carlisle e Kate junto dos três. Mas próximo à piscina estavam Rosalie e dois homens que não estavam aqui quando cheguei.

Vesti a máscara da indiferença e como se a presença deste homem não me afetasse, caminhei prontamente na direção das crianças, rezando aos céus pra tira-los de perto do Edward e sem que elas se dirigissem a mim como mãe a tempo dele associar qualquer laço entre nós.

_Mamãe o Edward sabe fazer uma casa na árvore_ tarde demais Enzo falou, atraindo a atenção do Edward pra mim. Eu fingi não perceber a confusão no seu olhar e peguei a mãozinha do meu filho.

Eu precisava sair daqui agora, mas talvez isso fosse dar muito na cara.

Talvez ele não associasse a idade das crianças e deixasse o fato passar despercebido.

Mas por outro lado as semelhanças físicas entre eles eram gritantes. Pensando bem; homens são dispersos e Edward pode nem notar qualquer semelhança.

A quem eu quero enganar? Talvez ele nem recorde quem eu sou ou o que aconteceu no passado.

_Mamãe? Você é mãe deles? _Edward me perguntou com um tom um pouco alto demais atraindo mais atenção para nós.

Afastei-me dele, segurando firmemente a mão de Louise e Enzo, Dei-lhe as costas e ignorei sua pergunta.

Eu preciso de uma saída, precisava sair daqui quanto antes. Mas como fazer isso sem chamar a atenção? Eu conseguia sentir o olhar de Edward queimar minhas costas. Pra evitar mais desconfianças, eu virei meu corpo ficando de frente pra ele e fingi não conhece-lo, respondi com a voz meio trêmula, mas de forma audível.

_ Sim eu sou mãe deles_ respondi fingindo uma falsa tranquilidade.

Nesse momento eu desconheci meu outro “EU”, não estava à vontade com esta situação e nem tão pouco com meus filhos tão próximos ao verdadeiro pai, mas eu estava otimista que conseguiria deixar claro que Edward não me afetava e muito menos aos meus filhos.

Edward Analisava minha expressão e parecia não achar respostas pra sua confusão mental, contudo em seguida olhou pros filhos e por uma fração de segundo eu percebi a razão atingir sua mente. Quando ele me devolver seu olhar.

Tive consciência da gravidade de tudo isso. Ele sabe que Enzo e Louise são seus filhos. Eu posso nutrir ódio por Edward, guardar magoa, mas ver o olhar triste , as lágrimas se formarem em seus olhos e o sorriso emoldurar sua face ,me desarmou momentaneamente. Ele estava emocionado em conhecer as crianças.

Isso era notável.

Uma pena que seja tarde demais.


**

Ai, essa Tânia é hilária....
Esse encontro entre Edward e filhos???
Muitas emoções no próximo capítulo
[Já postei tbm já atrasei esse:) ]

2 comentários :

  1. Esse foi bem tenso!!!! + foi tao lindo o Edward conversando com as crianças antes d saber q eram filhos dele.....

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  2. Eu adoro a Tânia, ele é hilária.Amando essa fic. Quase surto com a dmora dos capitulos.

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