SCR: Muitas pessoas não enxergam a ironia ou a postura satírica por trás de você e Pattinson tocando o sino na Bolsa de Valores de New York.
Cronenberg: Sim, eu sei, algumas pessoas acharam que estávamos traindo o filme ao fazer isso, Eu pensei, não, não, você não está absolutamente entendendo isso. Foi tão perfeito. Eu não conseguia acreditar quando eles estavam nos pedindo. Mas essa é a atitude perfeita do capitalismo. Eles foram adoráveis lá. Eles estavam tão animados, eles amam sua bolsa de valores e, depois de tudo, nós estávamos vendendo um filme e vender é algo que eles sabem. Então foi tudo perfeito. Uma empresa capitalista e lá estávamos nós. É interessante, porque Don e eu em painéis, de uma forma, foi quando eu meio que aprendi algumas coisas sobre suas atitudes para coisas que eu realmente não precisaria saber, mas estava curioso sobre. Nós dois não sentimos que ser um profeta faz parte de nossa descrição de trabalho. Mas se você for sensitivo o suficiente o que está no ar, você inevitavelmente vai antecipar algumas coisas que são só uma espécie de acumulação, mas que não são tão visíveis. E eu acho que esse é o caso aqui. Como Don teve o cuidado de dizer, não, o livro não começou com algum conceito grandioso de chegar a termos com responsabilidade financeira global e todos esses tipo de coisa. Tinha a ver com limusines. Tinha a ver com quem gostaria de ter um desses nas ruas de Manhattan e o porquê de estar nele, e quem é- e para onde vão à noite, e todos esses tipo de coisa. Começa com detalhes. E é o mesmo e ainda mais com um cineasta. Você não pode filmar um conceito abstrato. Estamos em um mundo concreto, cineastas.
*Entrevista completa na fonte*
Fonte | Via e tradução
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