terça-feira, 4 de setembro de 2012

Nova entrevista de Kristen para o site TheAge (Austrália)



Na entrevista Kristen fala um sobre o filme On The Road e sua personagem de , Marylou e  a descreve como: legal, calma e fora de controle. Confiram:

On the Road foi o livro que introduziu Kristen Stewart na leitura. Agora seu papel no filme trás um novo realismo.

Kristen Stewart não tinha lido Twilight de Stephenie Meyer quando o papel de Bella Swan foi oferecido à ela. Ela estava mais interessada no clássico da Geração Beat, de 1957, On the Road de Jack Kerouac. Ela poderia relatar ao papel seu sentido de ousadia.

“É raro encontrar personagens ficcionais que vivam tanto, que respirem tanto,” disse de forma afiada a inteligente atriz de 22 anos. “Eu pensei, que eu tinha que achar pessoas como estas, pessoas que me puxem e compartilhem das minhas ambições. Não que eu seja inconvencional, mas eu me desafio em limites e fronteiras diferentes do que muitas pessoas, e o livro diz que tudo bem. O livro celebra isso. Eu dormi com On the Road no meu criado mudo quando consegui minha licença. Foi o primeiro livro que me introduziu à leitura.”

A prosa cheia de vida de Kerouac – que criou personagens impressionantes envolvendo drogas, álcool, e sexo experimental enquanto viajavam pelos Estados Unidos entre 1947 e 1951 – foi durante muito tempo considerada infilmável. Após a publicação do romance, Kerouac escreveu para Marlon Brando desejando que a estrela interpretasse Dean Moriarty (baseado no amigo de Kerouac, Neal Cassady) enquanto Kerouac interpretaria Sal Paradise – baseado nele mesmo.

Francis Ford Coppola também tentou fazer o filme após comprar os direitos em 1979. Ainda não aconteceu, até que Walter Salles de The Motorcycle Diaries veio e a versão do filme finalmente veio à tona.

Após a conquista de Stewart em seu papel no filme Into the Wild de Sean Penn, Penn e o diretor Alejandro Gonzalez Inarritu sugeriram ela à Salles para o papel da esposa de Dean, Marylou (baseada na primeira mulher de Cassady, LuAnne Henderson). O par se casou quando LuAnne tinha 15, e enquanto se divorciavam, ele tinha um bebê com sua segunda mulher Carolyn (interpretada por Kirsten Dunst), Cassady continuou a cair na estrada com LuAnne e eles permanecerem próximos até a morte dele.

No tempo que On the Road entrou em produção, Stewart se tornou um nome familiar e foi a chave para as mulheres na história terem mais destaque. Ela ressalta que a história original de Kerouac que de início trazia o real nome das pessoas (ele foi forçado a trocá-los, assim como algumas partes da histórias, para poder ser publicada) foi mais próximo da verdade, particularmente em termos de mulheres, e a mais notável LuAnne.

“É engraçado porque no romance muitas das primeiras impressões das pessoas é que LuAnne é simplesmente um brinquedo, que ela é fudid* e não recebe muito em retorno,” Stewart diz. “Mas ela simplesmente ama amar e é capaz de equilibrar todos os seus desejos, enquanto os caras tem mais dificuldade em fazê-lo. Eu acho que ela tinha esse vista linda e única do mundo e era muito a frente do seu tempo.”

“Depois do sucesso do livro se tornou definitivamente algo que muitas pessoas quiseram converter em capital … para LuAnne era tão pessoal. Nunca foi algo que ela quisesse transformar em um produto de consumo ou algo que ela queria continuar. Foi simplesmente um estágio da vida dela.”

“Ela sempre disse que era tão engraçado para ela que as pessoas pensassem que ela era corajosa. Era diferente para todos, mas LuAnne não estava se rebelando contra ninguém. Ela estava simplesmente sendo ela mesma.”

Embora ser destemida sendo ela mesma seja algo para a mídia – a tímida Stewart aspira isso – “Eu acho tão ridículo quando atores de repente se acham tão interessantes que eles concordam em vender a si mesmo” – ela admire ter mais em comum com o narrador do livro, Sal.

“Como LuAnne, eu estava um pouco com medo de não ser capaz de perder o controle; que eu não fosse capaz de deixar ir. Felizmente, eu fui, mas eu não acho que você pode afirmar que de repente você é uma pessoa diferente.”

“Atores interpretam personagens… mas eu acho que você está simplesmente deixando fluir qualidades que estão enterradas profundamente.“


Fonte | Via

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