quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O que Amanhecer e a saga Crepúsculo têm a ensinar sobre marketing

Em cartaz desde a última sexta-feira no Brasil, “Amanhecer – parte 1″ bateu recorde na estreia, levando mais de 1,7 milhão de pessoas aos cinemas até domingo e ultrapassando com folga “Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2″, último filme da franquia baseada na obra de J.K. Rowling, que obteve 1,6 milhão de espectadores em seu primeiro fim de semana no país.





O desempenho estupendo do penúltimo filme da saga Crepúsculo é uma prova de que a franquia está conseguindo manter os fãs ligados à história dos personagens Bella Swan e Edward Cullen e que o sucesso deve se repetir quando o desfecho da saga, a parte 2, estrear, em dezembro de 2012.
Além de conseguir construir uma história apaixonante e simpática aos jovens a ponto de fazê-los formar filas nas bilheterias à espera do filme, a saga Crepúsculo traz também méritos muito grandes do ponto de vista de marketing, tendo muito a ensinar às marcas que querem manter seus consumidores por perto. Veja 4 lições que a franquia dá sobre estratégia: 


1. Fidelize clientes; não abrace o mundo
A saga Crepúsculo tem um público extremamente fiel, e a equipe responsável pela franquia percebe claramente isso. Deslocar temas, trocar atores e adicionar novos elementos para atingir um público mais amplo, portanto, não faz parte do jogo.
Desde o início, o foco esteve sobre as três estrelas principais – Bella Swan (Kristen Stewart), Edward Cullen (Robert Pattinson) e Jacob Black (Taylor Lautner), em uma estratégia de respeito e relacionamento com os fãs que fortaleceu a unidade da franquia e a continuidade da história. Para as marcas, a lógica é a mesma. Faça seu mercado e trate-o bem, sem querer abraçar o mundo. Fidelize clientes.

2. Licenciamento de marca funciona. E muito!
As mentes por trás da marca Crepúsculo não limitaram a história a filmes e livros. De joias e perfumes a camisetas e bolsas, os personagens do filme estão em todos os lugares. Marcas bem construídas têm essa possibilidade de expansão.
Harry Potter é um bom exemplo disso. Indo um pouco mais além, vemos casos que vão além do licenciamento. A Coca-Cola, inicialmente marca de refrigerante, hoje tem até uma linha de calçados. Pegue a Red Bull e você terá outro modelo. De energético, estourou como escuderia na Fórmula 1.
Ao desenvolver novas ofertas de produtos, abre-se espaço para fontes de receita diversificadas.

3. Mantenha a história acesa
Acompanhando a essência das narrativas transmídia, a saga Crepúsculo jamais deixou a história morrer. Nos intervalos entre um filme e outro, elementos relacionados à franquia permaneceram recheando o mercado – e fazendo o dinheiro rodar.
Marcas precisam estar visíveis aos consumidores e presentes em seu dia a dia. Ações de patrocínio, anúncios de oportunidade, marketing de guerrilha, ações em redes sociais, etc.
Os instrumentos dependem do perfil de cada negócios e devem ser usados para exposição de marca e relacionamento. Com a frequência adequada de exposição, a marca continuará sendo lembrada.

4. Aprenda a ser relevante
Quando Crepúsculo, o primeiro filme da franquia, chegou aos cinemas, não existiam muitos “competidores dentuços” voltados para jovens nas telas. Hoje, o mercado está repleto de opções para todos os gostos e sabores, desde True Blood até Vampire Diaries, isso sem incluir todas as séries e filmes com temáticas sobrenaturais que foram influenciadas pelo sucesso da saga.
Em meio a toda variedade de vampiros e lobisomens surgidos desde então, Crepúsculo ainda traz histórias atraentes para jovens e diferencia-se dos concorrentes.
Para marcas, a chave está em saber onde está sua relevância. Faça pesquisas, desenvolva casos e tenha uma estratégia de marketing consistente, buscando sempre pontos inexplorados por rivais. O que o diferencia deles? Concentre-se nas necessidades de seu mercado e esteja atento às tendências para se antecipar.

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