sexta-feira, 15 de abril de 2011

Nova Entrevista com Robert para a revistacriativa.globo.com!





Robert não é tolo. Onde quer que esteja, o ator inglês de 24 anos investe no papel de herói romântico. É assim com Jacob Jankowski, o protagonista do filme de Francis Lawrence, baseado no livro homônimo da canadense Sara Gruen. Nesse drama, que se passa em um circo nos tempos da Grande Depressão (1929-1939), Robert contracena com dois atores vencedores do Oscar, Reese Witherspoon (como atriz, por Johnny & June) e Christoph Waltz (como ator coadjuvante, por Bastardos Inglórios). Nessa entrevista, o ator fala sobre seu primeiro amor, o ódio que nutre por fotografias e um certo desconforto causado pela histeria de fãs.
“É esquisito quando a gente faz um filme. Parece que está preso
em bolhinhas de tempo. Eu me sinto assim”

Como foi trabalhar com tantos animais selvagens? Sua concepção de circo mudou ao fazer Água para Elefantes, no que diz respeito à maneira como os animais são tratados? Eu sei que muitos circos têm má reputação por causa disso, mas nenhum dos animais com que trabalhamos era de circo; eram todos animais de cinema. Sei que deve ser bem difícil por causa da quantidade de lesões que os animais sofrem. Para ensinar aos cavalos os truques que eles precisavam saber, demorou meses e meses. Caso um se machucasse, não havia substituto. Gerenciar um circo é uma coisa precária.
Houve algum momento em que você ficou assustado com os animais?
Uma vez, com as zebras. Elas são impossíveis de domar. Se elas são amarradas, simplesmente puxam a corda até soltar e, se não conseguem soltar, ficam dando coices. Uma conseguiu se soltar e correu na minha direção. Era parte de uma cena, e eu saí da frente. Depois todos acharam que eu era um maricas por ter saído da frente.
Francis Lawrence, o diretor do filme, contou que foi difícil achar um homem de 23-24 anos que não fosse jovem demais para o papel. E ele disse que você já era homem – pensativo, inteligente, atencioso, forte e confiante. O que faz um homem ser homem?
Não sei. Sempre penso que, se você se sente à vontade com quem você é, então está bom. Não sei se alguém realmente algum dia chega a ser um homem.
“Não gosto que tirem foto de mim. Mesmo antes de tudo isso,
eu não gostava quando minha mãe tirava foto de mim”

Você se sente adulto?
Mais ou menos e de jeito nenhum. É esquisito quando a gente faz um filme. Parece que está preso em bolhinhas de tempo. Eu me sinto assim, principalmente com a coisa da fama. Você para de conhecer gente nova. Nunca conheço ninguém. Você tem a mesma conversa o tempo todo, então nunca se desenvolve do mesmo jeito que a maior parte das pessoas amadurece. Sabe como é, você escuta as várias perspectivas que as pessoas têm sobre as coisas, mas passa pelo mesmo tipo de bobajada banal a cada vez que fala com elas.
Tipo isto aqui… No final, isso acaba afetando sua mente. Você na verdade já não sabe mais como ter uma conversa com alguém a respeito de nada. Se a pessoa não está falando de você, você fica, tipo: “Hã?” (risos).
Para onde você vai quando quer ter um pouco de vida normal?
Quando você participa de um filme não apenas como ator, você se força a participar de reuniões. As pessoas são obrigadas a tratar você como um verdadeiro técnico, então é isso o que quero fazer. Se você for só um ator, é muito engraçado, porque as pessoas acham que precisam esconder tudo de você, o tempo todo. É tipo: “Ah, ele não pode se incomodar com nada”, e isso é bizarro. Você é igual a um passarinho. Tem segurança ao seu redor o tempo todo.
Você acredita em amor à primeira vista?
Acredito, completamente.
Isso já aconteceu com você?
Muito… Acho que, com a maioria das pessoas por quem você pensa que está apaixonado, isso acontece na primeira vez em que você vê a pessoa. Quer dizer, a primeira vez em que você enxerga a pessoa de verdade. Acho.
Fonte/Via

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