M: Como primeira pergunta, eu gostaria de perguntar sobre a sua co-estrela Chistoph Waltz. Como foi trabalhar com o vencedor australiano do Oscar que interpreta o diretor do circo no filme?
RP: Foi ótimo. Ele é realmente um modelo pra mim, não só como um ator, mas também a nível humano. Christoph sempre foi muito prestativo, assim como Reese Witherspoon. No início, eu não tinha certeza de como atuar com ele, já que ambos são vencedores do Oscar. Estava preocupado de eles serem indiferentes. Por sorte esse não foi o caso. Christoph e Reese criaram uma ótima atmosfera e trabalhar com ele foi um grande prazer. Eu aprendi muito com os dois.
M: Reese Witherspoon interpreta Marlena Rosenbluth, com quem você tem um amor proibido em Water for Elephants.
RP: O amor frequentemente experimenta algo proibido. Na minha opinião, a diferença entre o amor em um filme e na vida real é que o amor é usado em filmes de propósito para reforçar o drama e o suspense.
M: O quão emocionante foi trabalhar com os elefantes?
RP: Trabalhar com os animais foi minha principal motivação para pegar o papel. No meu primeiro encontro com o diretor Francis Lawrence na jaula da elefante, eu nem mesmo sabia para qual filme ele queria me escalar. Francis queria ver como eu interagia com os animais e como a elefante reagiria a mim. Eu estava autorizado para andar na elefante, ela jogou bolas e soprou ar em mim com sua tromba. Eu fiquei totalmente maravilhado e aceitei o papel no final do dia, mesmo que houvesse o perigo que esse fosse o pior filme da história.
M: Houve alguma lesão ou incidentes no set?
RP: Sempre há incidentes quando você trabalha com animais. Um leão rosnou para mim enquanto eu estava alimentando-o atrás das barras da jaula. Claro que isso me assustou. A experiência que mais me emocionou foi a que aconteceu quando estávamos filmando com uma girafa bebê. Ela deveria ter andado entre as jaulas dos leões e dos tigres, mas estava com muito medo, então só parou e não se moveu. Eu empurrei-a um pouco e andei muito perto dela. Tão logo passamos pelas jaulas, a girafa moveu sua cabeça em minha direção e me lambeu. Eu nunca esquecerei minha reação, eu me senti o rei dos animais.
M: Mas você é. Você adotou um cachorro. Ele já tem um nome?
RP: Ainda não. Eu peguei em um abrigo de animais na Louisiana. Eles iriam sacrificá-lo em dois dias, já que os abrigos são autorizados de manter os animais apenas por 10 dias. Ele foi de um abrigo para um jatinho privado – tipo em um filme da Disney, A Dama e o Vagabundo. Talvez esse deva ser seu nome.
M: Em Water for Elephants, o mundo do circo é muito brutal. Você enxerga semelhanças esse mundo hoje em dia?
RP: Por sorte eu nunca fui espancado, e eu espero que a crueldade contra animais como acontece em Water for Elephants está no passado. Há uma certa aspereza no mundo do circo. Deve ser um pesadelo trabalhar com pessoas loucas. Sorte que isso não aconteceu comigo ainda.
M: Desde o sucesso de Twilight provavelmente existe muito circo em sua vida privada?
RP: O circo é criado pelos paparazzi, mas eu aprendi a lidar com isso melhor. Estou me acostumando a planejar tudo com mais cuidado e a fazer a coisas menos espontaneamente. Minha vida privada é muito chata, porque normalmente eu estou trabalhando o tempo todo.
M: Water for Elephants se passa durante a Grande Depressão nos Estados Unidos. O quanto você sabe sobre essa época da história?
RP: Para entender melhor a época da Grande Depressão, eu assisti o documentário Brother, Can You Spare A Dime. Eu não assisti isso para me preparar para o papel, mas porque eu amaria ter vivido na década de 1930. Todas as roupas desse tempo também caíram muito bem em mim, na primeira prova. Eu li alguns livros sobre a Grande Depressão, porque nós vivemos em uma recessão hoje e foi interessante ver como as pessoas lidaram com a crise naquela época. A Grande Depressão simboliza o fim de Wild West para mim. Até então América era conhecida como o mundo das possibilidades ilimitadas. A Grande Depressão pôs um fim nesse mito.
M: Seu próximo trabalho em Bel Ami leva você à Paris durante a Belle Époque (Bela Época). Você parece gostar de história.
RP: Você pode dizer que sim. Paris é definitivamente uma das cidades mais bonitas do mundo e Bel Ami de Guy de Maupassant é um dos meus livros favoritos. Para esse papel eu teria voado ao redor do mundo. Eu realmente dei o meu melhor e espero que as pessoas gostem do filme.
M: Você parece um pouco incerto?
RP: Bel Ami conta a história a ascensão profissional e social de George Duroy. A desvantagem é que George, mais conhecido com Bel Ami, é cruel e ávido por poder. Como você faz um filme em que o mal ganha do bem – quem quer ver isso no cinema? É muito difícil e nas primeiras exibições de teste, o público admitiu que não entendeu a ideia. Nem eu entendi, e isso é o que é extraordinário em Bel Ami. Não segue os estereótipos, e essa é a razão pelo qual esse livro é um dos meus favoritos. Espero que o filme seja um grande sucesso.
M: No que você vai trabalhar a seguir?
RP: Cosmópolis – um roteiro muito legal. Será dirigido por David Cronenberg e meus co-estrelas serão Juliette Binoche e Paul Giamatti. Tenho certeza que será ótimo. Depois disso gostaria de escrever eu mesmo um roteiro e produzir filmes.
M: O que você pode nos dizer sobre o último filme da Saga Twilight, Breaking Dawn?
RP: Não estou autorizado a dizer muito, o que é uma nova experiência para mim, mas eu posso dizer uma coisa: Breaking Dawn será fantástico.
M: Em Breaking Dawn Bella está grávida e casada. Como Kristen Stewart está lidando com seu novo papel?
RP: Ela está lidando bem. Breaking Dawn é totalmente louco e completamente diferente dos três filmes anteriores – é quase assustador.
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