terça-feira, 1 de março de 2011

Entrevista completa do Robert para a Vanity Fair – Traduzida


Robert Pattinson não gosta mais de voar, porque voar significa aeroportos, e aeroportos significam encontrar pessoas que podem pirar quando o vê, gritando e chorando e tentando tocá-lo e pedindo para morderem seus pescoços. Tímido, para um ator, Pattinson, que completa 25 anos no próximo mês, diz que ele acha essa histeria que o tem cercado desde que ele apareceu como o galante vampiroadolescente Edward Cullen no primeiro filme Twilight em 2008, “bem estranha”.
“Essa coisa com todo mundo te conhecendo”, ele diz um dia em Baton Rouge, onde ele está filmando a quarta e quinta partes da saga TwilightBreaking Dawn parte 1 e 2, “É estranho, porque as pessoas tem essa relação de um lado com você e sentem que eles te conhecem melhor do que alguém que eles realmente conhecem”, e Pattinson adiciona, “Eu realmente não me conheço tão bem assim”.
E então – dado sua aversão a viagem aérea, e seu sentimento que ele poderia usar algum tempo para conhecer a si mesmo – Pattinson decidiu que, quando ele tinha que sair de Los Angeles para New Orleans para se juntar ao elenco de Twilight em novembro, ele iria dirigir. “Foi incrível”, ele diz sobre a viagem que ele fez com dois amigos de Londres. “Entrei em estradas em construção o tempo todo. Eu naveguei usando um IPhone”. Essa aventura estilo Kerouac atual os levou pelo Arizona e New Mexico, onde eles chegaram na pequena cidade nativo americana de Zuni. “Não parecia em nada com a América (EUA)”, Pattinson diz com nostalgia. “Eu e meus amigos éramos os únicos brancos”.
Eles pararam em um bar em Lubbock, Texas, onde, pela primeira vez que Pattinson consegue se lembrar, ele se sentou e tomou uma cerveja, sem ser perturbado por paparazzis ou fãs. “Ninguém me reconheceu nem nada”, ele diz. “E eu estava tipo ‘Ah, isso é muito bacana, sentar aqui e comer asinha de frango e tal’”. Ele tem procurado por um lugar onde ele pudesse se sentir como si mesmo, e pensou que finalmente o tinha encontrado.
Mas então algo aconteceu. A notícia se espalhou. “Eles sempre descobrem de alguma maneira”, ele diz resignado. De repente tinha mil pessoas na rua e a polícia teve que vir e controlar a multidão. Um segurança do lugar perguntou para ele, “Você quer que a gente vá lá fora e dê porrada em alguém?”, e Pattinson diz, “Eu fiquei tipo ‘Do que você está falando? Você não precisa bater em ninguém!’”. Agora ele e seus amigos estavam presos no mesmo bar que tinha sido um oasis de anonimato. A polícia teve que levá-los de volta para seu hotel.
Uns meses depois em Baton Rouge, Pattinson diz que ele não tem vontade de sair, já que não tem como dizer quando uma simples ida para um restaurante pode começar outro alvoroço. “Eu apenas estarei assim”, ele diz, abaixando sua cabeça na mesa, se escondendo atrás de seu cotovelo. Ele levanta sua cabeça de novo e – oh uau. Ele não pode escapar de sua aparência mais do que pode escapar da atenção de seus fãs. Seu rosto tem um tipo de beleza que é visto no rosto de crianças, com sua perfeita pele pálida, lábios vermelhos, olhos grandes. É difícil dizer de qualquer outra maneira: Ele é lindo.
Mas tais superlativos são provavelmente apenas o tipo de coisa que faria ele se encolher e suar ainda mais do que ele está fortemente fazendo agora, através de sua camisa de botão azul clara. Ele parece nervoso, ele diz estar nervoso. Essa coisa de entrevista não é a praia dele. “Eu sou tão tedioso”, ele diz, passando suas mãos repetidamente através de seu espesso cabelo castanho até as pontas. “Eu sou apenas tão sem graça”. Ele fuma seguidamente cigarros American Spirits, tomando café e água e chá Snapple gelado, petiscando pretzels cobertos com chocolate deixados em uma tigelinha para ele por sem assistente.
Do lado de fora, podemos ouvir o rosnar de cachorros. “Espero que eles não estejam matando o coitado do Martin”, diz Pattinson, se levantando da mesa e espiando pela janela. Martin é o vira-lata, o patinho feio do grupo de cachorros pertecentes aos assistentes de Pattinson e sua colega em Twilight, Kristen Stewart. Os assistentes estão dividindo essa acochegante casa alugada em uma calma área residencial de Baton Rouge. Eles acenderam a lareira e velas perfumadas para manter Pattinson confortável enquanto ele dá sua entrevista.
“Eu não sei o que tem de errado comigo”, Pattinson diz, voltando para a mesa. Desde quando ele voltou para o set de Twilight, ele diz que não se sente bem consigo. “Meu cérebro não funciona mais. Eu não tenho nenhuma memória. Não consigo escrever. Tudo que posso fazer é escrever meu nome. Tentei escrever no outro dia – parecia que eu estava escrevendo em braille”. Pedi para ele escrever algo no meu bloco de anotações, ele escreve, e é ilegível. “Vê?”, ele diz, “Parece que aranhas escreveram”.
Tem um elemento de brincadeira em sua descrição sobre seu estado mental, mas ele também está sendo sério. Parece que as restrições de viver na bolha de sua imensa fama estão começando a afetá-lo. “Eu meio que parei de fazer tudo”, ele diz. “Eu nunca mudo o canal em meu trailer. Apenas assisto reprises de House of Payne e Two and a Half Men”.
“Deus”, ele diz rindo, “Eu estou soando como um perdedor”.
Me acorde quando terminar
“Kristen é muito focada em ser uma atriz”, Pattinson diz depois de Stewart. “Quero dizer, isso é o que ela é – ela é uma atriz. Enquanto eu – eu apenas não sei realmente”. Entre as muitas coisas que agora seguem Pattinson onde quer que ele vá são perguntas sobre o tipo de relacionamento com Stewart, 21 anos. É especulado que eles tem um quente romance, algo que eles se recusam a confirmar (até a Oprah não conseguir tirar isso deles). Outros boatos dizem que esse romance é apenas publicidade para os filmes Twilight.
“Você está me perguntando se sou realmente um vampiro?”, Pattinson diz, rindo, quando eu me juntei ao grupo xereta, perguntando se seu amor nas telas espelha seu relacionamento na vida real. Enquanto eu espero por uma resposta, Pattinson literalmente começa a se contorcer. “Sim. Hmm. Não, na verdade não”, ele diz. “É bem difícil para… É apenas muito traumático”, ele diz firmamente.
“Quero dizer, vocês são bem intensos um sobre o outro?”, eu pergunto.
“Oh, eu não sei”, ele diz finalmente. “Ela é bacana. Até mesmo antes de eu conhecê-la eu achava que ela era uma atriz muito boa. Tipo, eu vi Into the Wild e achei ela muito boa nele. Ainda acho que existem poucas garotas de seu tipo que são tão boas quanto ela. É engraçado que ela é que está fazendo parte dessa coisa enorme” (que é Twilight).
“Quando isso estiver terminado”, diz Pattinson, significando a aparentemente incontrolável máquina de entretenimento Twilight, “A imprensa perderá interesse” em seu suposto affair. Ele espera. “Não terá mais nada a se dizer. Não se encaixará mais em uma manchete”.
Mas a grande pergunta para Pattinson  é se a loucura Twilight realmente um dia terminará, se ele pode voltar a ser apenas Rob, quem quer seja ele. O quarto e quinto filmes da saga não estreiam até novembro de 2011 e 2012. E com fãs tão obsessivos quanto os Twihards (sem contar uma máquina de marketing tão eficiente quando a Summit Entertainment), o fenômeno poderia continuar enquanto existir garotas adolescentes com um gosto pelo macabro e nada melhor para fazer.
Team Twilight BR


Um papel tão icônico quanto Edward Cullen poderia provar ser tão letal quando a mordida de um vampiro para a carreira de um jovem ator, apesar da imortalidade do filme, e fama e fortuna que isso traz. (Este ano, Pattinson foi o N° 15 no “Hollywood Top 40?, da Vanity Fair que citou o lucro de $27.5 milhões apenas em 2010.)
“Há uma sólida recompensa”, Pattinson concede, mas “Estar em uma classificação tão específica agora é tão estranho. Ter uma imagem reconhecida pelas pessoas é a coisa que provavelmente te paga melhor – mas também é a coisa que virtualmente todo ator no mundo não quer. Porque, tipo, ninguém iria acreditar em mim se eu quisesse interpretar algo ultra-realista, como um gangster ou algo assim”.
Eu lhe pergunto se ele poderia ousar e fazer algo completamente diferente – como Shakespeare. “Se eu fizesse isso agora, eu seria assassinado”, ele diz com uma risada pesarosa. “Todo mundo ficaria tipo ‘Que porra é essa?’”.
Ele se encontra numa posição estranha sem saber se ele sequer quer ser um ator para sempre, mas também enfrentando a possibilidade de que ele nunca poderá ir além de um papel em particular. Ele soa desejoso quando fala sobre as carreiras dos atores contemporâneos que ele admira, como o Jesse Eisenberg (“Ele é muito legal”) e James Franco (“Ele fez algo realmente interessante com sua carreira”).
“Eu sempre disse aos meus agentes tipo, vai ser 10 anos”, antes das pessoas se esquecerem sobreTwilight, ele diz. “E isso é totalmente compreensível. Normalmente as pessoas continuam trabalhando e trabalhando até seu grande início. Você apenas continua tentando tomar as melhores decisões. Como eu que tento lembrar como eu costumava pensar antes de todos os filmes Twilight”.
E foi assim que ele decidiu fazer um filme sobre um elefante.
Show na Estrada
Água para Elefantes, nos cinemas este mês, é baseado no romance Best Seller de 2006 de Sara Gruen sobre um circo viajante durante a depressão. Pattinson interpreta Jacob Jankowski, um estudante de medicina veterinária que perde os pais num acidente de carro e salta num trem de circo, se tornando o protetor de seus animais exóticos, incluindo um muito problemático elefante.
“Eu não ficaria surpreso se Rob dissesse que a razão pela qual ele pegou o filme foi por causa da elefanta”, diz o diretor Francis Lawrence (Constantine, Eu sou a Lenda). “Ele realmente se apaixonou pelo elefante”.
“Ela foi a melhor atriz com a qual eu já trabalhei em minha vida”, Pattinson fala sobre Tai, sua co-star indiana elefanta, que vive no sul da Califórnia, onde grande parte do filme foi gravada. (Tai aparece na capa da Vanity Fair em 1992, posando com Goldie Hawn.) “Eu chorei quando a elefanta terminou”, ou filmou as últimas cenas dela, disse Pattinson. “Eu nunca chorei quando alguém tinha terminado as filmagens. Eu nunca tinha chorado quando alguém tinha terminado”.
Mas uma das principais razões que ele escolheu fazer o filme foi porque Jack Fisk, o designer de produção indicado ao Oscar (Haverá Sangue) lhe disse que o filme ia parecer com Dias de Paraíso de Terrence Malick, pelo qual Fisk fez a direção de arte em 1978. “Eu tinha uma visão de como o filme iria se parecer”, Pattinson diz. “Eu meio que escolho as coisas de um jeito estranho”.
“Ele é um cinéfilo”, diz Reese Witherspoon, que interpreta Marlena, uma artista de circo e o interesse amoroso de Pattinson no filme. (Em 2004, quando Witherspoon tinha 28 anos, Pattinson então 18, interpretou seu filho em Vanity Fair, mas a cena foi cortada na sala de edição, então ele diz, “esse não conta.”)
“Para um cara jovem, ter visto em tanto filmes é realmente incrível”, Whiterspoon diz. “Eu mencioneiDesign for Living” – a comédia de Ernst Lubitsch com Gary Cooper de 1933 – “e eu estava tão surpresa que ele o tinha visto”.
“Ele é como um estudante de cinema”, diz Lawrence. “Ele assiste muita coisa e pode falar sobre filmes de forma muito inteligente”.
Ainda assim, Lawrence admite ter ficado “preocupado” antes de encontrar Pattinson para colocá-lo no elenco de Água para Elefantes. Os filmes de Pattinson, além da série bilionária Twilight, até agora não têm arrasado nas bilheterias. Ele fez vários personagens em filmes pequenos antes de conseguir o papel de Edward Cullen, e então Remember Me de 2010 que não se beneficiou do sucesso de Twilight.
“Os filmes de Twilight são tão estilizados”, diz Lawrence, “Você se pergunta o que o ator consegue fazer. Mas então depois de conhecer Rob eu realmente me acalmei. Ele tem essa coisa, ele é magnético. Ele é uma verdadeira estrela de cinema. Ele me lembra James Dean. E ele parecia muito com [seu personagem em Água para Elefantes] Jacob, alguém que estava se tornando um homem, forte, mas desconfortável em sua própria pele. As pessoas vão ficar surpresas. Sua performance foi bem sutil e natural”.
“Ele está explorando quem ele é como um artista”, diz Witherspoon. “Ele estava sempre perguntando a mim e a Christoph” – Waltz, o ator Austríaco de Bastardos Inglórios que interpreta o treinador de animais em Água para Elefantes, August – “Para trabalhar nas falas e no personagem com ele. Ele é muito comprometido com o trabalho. Eu ouço tantas histórias horríveis sobre jovens atores que tem a atitude de chegar atrasado ou de ressaca, e não havia nada disso. Ele trabalhou duro”.
De alguma forma Pattinson manteve sua concentração apesar da multidão de Twi-hards que empestearam o set de Água para Elefantes diariamente. “Eu nunca tinha visto algo assim, nunca”, diz Witherspoon. “Elas estavam esperando às cinco da manhã para vê-lo. Garotas novas. Onde estão as mães delas?” ela pergunta.
“Eu acho que é muito irritante para ele”, diz Lawrence. “Nós filmamos por uma semana no Tennessee, e as notícias vazaram, dirigir pela estrada até o set era tipo carros e carros por duas milhas. As pessoas acampavam na grama. Nós estávamos jantando na casa em um quarto privado, e elas estavam escalando as janelas, então os garçons fecharam persianas. Então elas apenas começaram a gritar e bater nas janelas, arranhando as janelas. E então você podia ouvir essa voz desesperada: ‘Rob! Eu só quero tocar no seu cabelo!’”.
“Eu trabalhei com o Will Smith”, Lawrence continua, “E ele ia e dava autógrafos e todo mundo ficava feliz. Mas isso é uma coisa totalmente diferente. Rob podia ser rasgado em pedaços. Elas iam arrancar as roupas de seu corpo e puxar seu cabelo”.
Você tem que imaginar como Pattinson lida com tudo isso. Ele não é o Leo dos anos de Titanic, correndo por clubes noturnos, com uma comitiva, descarregando as energias.
Ele  não é Keith Richards (cuja biografia ele diz ter acabado de terminar de ler), se entorpecendo com substâncias. Pattinson diz que é “alérgico à maconha”, e como ele tem que se manter em forma para os filmes de Amanhecer, ele nem mesmo bebe. (Ele vai aparecer sem camisa em Amanhecer Parte 1, o que ele diz ter temido: “Eu nunca entendi a coisa da nudez. Eu tenho tanta inveja das pessoas que podem andar por aí nús”.)
“Eu sou tipo, um comedor compulsivo”, ele diz, como se fosse uma revelação. “Eu vou ser tão gordo quando eu for mais velho, isso é ridículo”. Isso é difícil de acreditar, devido à sua forma magra. Ele conta uma história sobre devorar quase 1kg de Pretzel M&M’s enquanto lia um livro de composições de David Foster Wallace. “Eu tive um colapso completo e literalmente joguei-os privada abaixo”, ele diz. Ele não é Keith Richards.
O que ele parece ser é um estrela relutante, ansiando pela normalidade e compromissado a se educar. “Ele provavelmente leu 20 livros enquanto estávamos filmando”, diz Laurence. “Ele estava sempre lá com seu Kindle durante as tomadas”.
Pattinson conta entre seus livros favoritos algumas tomadas sarcasticamente cômicas da insanidade humana. “Eat the Rich, de P. J. O’Rourke, e Money, de Martin Amis. Ele declara que ele é “exatamente” como o narrador de Money, John Self – um executivo de publicidade e viciado em trabalho dos anos 80 – e gostaria algum dia, de interpretá-lo em uma versão cinematográfica do livro. “É feito para mim, esse papel”, ele insiste.
Mas como ele gosta desse personagem permanece sendo um mistério. Ele admite que ele “não faz nada, nunca” – se referindo à qualquer coisa escandalosa – ainda que ele admita uma certa admiração por Charlie Sheen e as suas “escapadinhas”. “Eu gosto de gente doida que nem se importa com isso”, ele diz.
Mas Pattinson está compromissado com uns objetivos mais elevados. Ele diz que está escrevendo um script baseado em um romance de Lillian Hellman. Antes de a sua carga de trabalho se tornar proibitiva, ele “costumava ir ao cinema todos os dias”. Ele diz que ele aprendeu muito com [o novo diretor Francês, Jean-Luc] Godard, ele tem uma lista de filmes japoneses obscuros que ele reverencia.
“Porr*”, ele diz em certo ponto. “Eu pareço uma merdinha metida”.
Ele nunca foi para a universidade. Ele cresceu em Barnes, no subúrbio de Londres, onde sua mãe, Clare, trabalhou em uma agência de modelos, e seu pai, Richard, vendia carros vintage. (Ele tem duas irmãs, Lizzy, uma musicista, e Victoria.)
“Tipo, ‘Eu sou um fã de Twilight’. Isso é uma loucura para mim. Eu acho que as pessoas gostam de ser parte do público. Existe algo extremamente excitante de se autopromover a esse nível”.  Ele também dá créditos ao time de marketing da Summit Entertainment pelo o grande sucesso da franquia. No ano passado, a campanha ‘Team Edward/Team Jacob’ apresentou  A Escolha de Sofia para os fãs deTwilight, pedindo para dá suporte  à um dos dois amantes, batalhando pela mão de Bella – personagem de Kristen Stewart- Pattinson ou Taylor Lautner, que interpreta o lobo Jacob.
“Eu não tinha percebido o quanto as pessoas se identificam com Team Edward/Team Jacob”, fala Pattinson. “Todos estavam pensando,  o publicitário falou ‘Então você é Team Edward ou Team Jacob?’ e eu falei ‘Do que você está falando?’ e eles ‘Represente o seu time!’ e eu ‘Eu não tenho um time’”.
Ele fala que a experiência de se tornar um produto – com seu rosto em carteiras, bolsas, jogos e outras coisas pode ser estranha. “Com Twilight”, ele fala “Você tem que agradar a franquia”.  Uma palavra que a Summit repete com uma grande reverência.  ”Quando estávamos fazendo o pôster de Water For Elephants”, ele fala, “O ensaio fotográfico demorou só 10 minutos, enquanto o de Twilight demorou 2 dias, em  toda posição. E falamos ‘Por que estamos demorando para fazer isso?’ – o representante respondeu – ‘É para as coroas do Burger King e para os brinquedos’. Não que eu tenha um problema com isso -  é difícil para filmes fazerem dinheiro…”.
“Tanto faz”  Pattinson diz tragando um cigarro. “Não há nada que você possa fazer. É o jeito que é. Mas é estranho ser parte, parecido com você representar algo que você não gosta… Deus, Pattinson. Realmente falei demais”.
Ele espera que ele possa  fazer uma transição para uma nova persona – Rob Pattinson um ator sério – com papéis cada vez mais sofisticados.  Recentemente, ele foi escolhido para o novo filme de David Cronenberg, Cosmopolis, uma  adaptação do livro de Don DeLillo. “Era com isso que eu estava preocupado”, ele fala, “Que as pessoas nunca me levariam a sério para filmes como esse, e eu consegui um”.
Cansado Como Um Cachorro
Com uma fama extremamente grande, parece que certa quantidade de alienação tem aparecido. “Agora é engraçado”, Pattinson fala, “Tentando se socializar com as pessoas. Existe esse certo cuidado com as pessoas que eu acho super estranho. Eu poderia estar andando pela a rua”, ele fala, “As pessoas falam ‘Vai se f**der!’”, ele ri. “E eu encontro várias pessoas querendo me bater. Homens em bar e essas coisas, eu apenas vou embora”. Ele dá de ombros.
“Mas você não tem direito de reclamar sobre isso”, ele diz, “Você supostamente tem que estar agradecido por isso. E obviamente eu entendo. Você é sortudo e você deveria prezar a sua sorte. Mas, quero dizer, apenas parece que se você ao menos mencionar que existe um lado ruim para tudo isso as pessoas ficarão  ’MENTIROSO’!  Eu acho que é porque elas querem ter como um sonho. Deus, eu sempre falo sobre fama e é tão chato!”, Pattinson exclama, parecendo ter nojo de si mesmo, se mexendo na cadeira. Eu falo para ele que é completamente compreensível, considerando tudo que ele passou nesses últimos anos. “Sim, mas todas as vezes que você lê sobre algum famoso falando sobre a fama, você pensa, ‘Cala essa boca!’”, ele fala com uma risada.
O rosnar lá fora ficou mais alto. Podemos ouvir latidos também, Pattinson abriu a porta, dizendo “Eu não aguento mais!”.
“Martin, entre aqui!”, ele grita, onde um cachorro preto e magro corre para dentro da casa, balançando a calda todo feliz, pingando água por todo lado.
Pattinson fecha a porta antes que os outros cachorros entrem. “Olhe para eles esperando para ter um pedaço do Martin”, ele fala. Um casal de cães boxers foi até a janela, onde eles estão encarando, olhando com cara feia, se é que cachorros podem fazer isso.
Martin pula no sofá e fecha os seus olhos, exausto.
Pattinson passa a mão em sua cabeça. “Isso, isso garoto, você, durma”.

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