O crítico de cinema Rubens Ewald Filho listou em seu blog, Os melhores filmes de 2010 e entre eles, destaca Lembranças (Remember Me).
Lembranças (com o ídolo Robert Pattinson e melhor do que parece).
Confira a crítica dele sobre o filme:
Lembranças (Remember Me) EUA, 10. Direção de Allen Coulter. Roteiro de Will Feters. Com Robert Pattinson, Chris Cooper, Lena Olin, Emilie de Ravin, Kate Burton, Gregory Jbara, Pierce Brosnan, Martha Plimpton. Paris Filmes.
É curioso como, embora esteja em todas as revistas e páginas da internet, Robert Pattinson não tenha sido capaz de transferir este prestígio para as telas, já que este seu novo filme, coproduzido por ele, teve medíocre bilheteria nos EUA (na sessão a que eu assisti no começo da tarde, havia uma dúzia de mulheres, que choraram ao final). Aliás, um detalhe importante: não deixem revelar a conclusão, que é a coisa mais forte do filme (que por sinal poderia ter ficado naquela lista de finais surpreendentes do cinema!). Leia aqui.
O longa pode ter alguns problemas: a narrativa é lenta, um pouco confusa, complicada e nem sempre bem resolvida. Não há a menor química entre o casal. A menina Emilie não tem um tipo memorável e Pattinson se alterna em fazer caras de vampiro e imitar James Dean (com certeza, ele viu Juventude Transviada, que fala também de filhos não compreendidos pelos pais e, de vez em quando, copia uns trejeitos e exageros).
Finalmente eu saquei qual é o problema com o moço. Ele é muito ceguinho, deve ter miopia alta ou o que valha e, muitas vezes, se seu olho não estiver focado em algo, fica sem expressão. Vazio.
Ruby Jerins vive Caroline Hawkins, irmã do protagonista
Mas não consigo achá-lo nem especialmente bonito nem mau ator. Seu personagem, principalmente na primeira parte, é um chato, só superado pelo seu colega de quarto, que consegue ser ainda mais irritante e errado porque, para americano, having fun se limita a encher a cara.
Enquanto a dor da menina fica implícita, pois é mostrada a sequência em que a mãe dela é assassinada por assaltantes na frente dela (quem faz a mãe é a sem crédito Martha Plimpton, filha de Keith Carradine), Pattinson não tem isso e só aos poucos vamos sabendo do trauma causado pelo irmão mais velho, que se suicidou (mas novamente sem detalhes, não fica claro porque fez isso).
Ele é ouvinte numa faculdade em Nova York e muito ligado a única irmã, que é outra com problemas bem sérios, em particular porque o pai deles não lhes dá atenção (Pierce Brosnan faz o personagem e menos bem do que costume, não desce do salto, como se fala para quem não se deixa humanizar).
A mãe (a sueca Lena Olin) faz muito pouco enquanto o pai policial da mocinha não tem arco dramático, começa de um jeito, mas o personagem fica de lado, esquecido sem chance de se modificar direito. São vários problemas de roteiro que o diretor pouco experiente (muita TV e apenas Hollywoodland) não conseguiu resolver.
Mas tem aquele bendito final inesperado que pode enfurecer uns, mas em geral irá comover as pessoas. Já tinha lido algo a respeito, mas felizmente não imaginei nada e acho que ao menos tem impacto. Ou seja, não há porque as fãs do moço não irem prestigiá-lo.
Um detalhe importante: a trilha musical é do brasileiro Marcelo Zarvos, de quem ja fiz materinhaaqui no Blog. Infelizmente nao o deixaram fazer canções de amor, apenas música de clima de tensão.
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